Barack Obama: presidente quer diminuir a atual dívida de US$ 14,3 trilhões (Steve Jurvetson/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2011 às 15h45.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs nesta quarta-feira um plano para o corte do déficit americano que prevê reduzir a dívida pública, atualmente de US$ 14,3 trilhões, em US$ 4 trilhões nos próximos 12 anos.
Em discurso na Universidade George Washington da capital americana, Obama afirmou que sua proposta "põe todo tipo de despesa sobre a mesa, mas protege à classe média", os "aposentados" e os "investimentos no futuro".
O plano de Obama combina corte nos gastos públicos, que representará três quartos da economia, com uma reforma do Código Fiscal que, entre outras coisas, eliminaria os cortes de impostos aprovados pelo ex-presidente George W. Bush.
"É uma proposta que chega a cerca de US$ 2 trilhões em cortes orçamentários. Serão cortados em US$ 1 trilhão os juros do pagamento de nossa dívida. (O plano) considera uma reforma tributária para eliminar outro US$ 1 trilhão em despesas do Código Fiscal", explicou o líder.
A proposta exigirá que, para a segunda metade da década, a dívida americana, atualmente de US$ 14,3 trilhões, seja reduzida em relação à porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB).
Para isso, será estabelecido um mecanismo que iniciará cortes dos gastos automáticos se, para 2014, a proporção projetada dívida-PIB não se estabilizar e apontar uma queda até o final da década.
Esses cortes, indica o plano, não se aplicariam em nenhum caso aos programas de saúde pública, à seguridade social ou à assistência social aos mais desfavorecidos.
Entre os cortes, Obama propõe o congelamento das despesas não obrigatórias no orçamento federal, o que, segundo seus cálculos, permitirá economizar US$ 770 bilhões em 12 anos.
Também prevê economias no orçamento de Defesa no valor de US$ 400 bilhões, mediante uma alta de seus fundos que se situe abaixo da inflação.
Além disso, o presidente americano anunciou que buscará a eliminação dos cortes de impostos às classes mais altas, aprovada por Bush, e prorrogada por ele em dezembro passado como parte de um acordo com os republicanos para estender cortes fiscais às classes médias.
"Não podemos nos permitir cortes de impostos para cada milionário e bilionário, no valor de US$ 1 trilhão", declarou.