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Obama pronuncia histórico nunca mais à ditadura na Argentina

Obama pediu "que se cumpra a promessa" de "nunca mais", duas palavras que disse em espanhol e que encerraram o caso contra os militares no julgamento de 1985


	Obama: o presidente dos EUA pediu "que se cumpra a promessa" de "nunca mais", duas palavras que disse em espanhol e que encerraram o caso contra os militares no julgamento de 1985
 (Carlos Barria / Reuters)

Obama: o presidente dos EUA pediu "que se cumpra a promessa" de "nunca mais", duas palavras que disse em espanhol e que encerraram o caso contra os militares no julgamento de 1985 (Carlos Barria / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2016 às 13h11.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, proferiu nesta quinta-feira um histórico "nunca mais" a uma ditadura na Argentina, ao se tornar o primeiro chefe de Estado de seu país a visitar o parque memorial para as vítimas do regime entre 1976 e 1983.

Obama pediu "que se cumpra a promessa" de "nunca mais", duas palavras que disse em espanhol e que encerraram o caso contra as juntas militares da ditadura no julgamento de 1985, quando foi declarada prisão perpétua para dois comandantes.

"Estamos aqui em um parque que homenageia a coragem e a perseverança. Um tributo aos cônjuges, irmãos, crianças que não abandonam seus esforços para alcançar a justiça e a verdade", disse Obama em entrevista coletiva com o anfitrião Mauricio Macri.

"Temos a responsabilidade de enfrentar o passado com transparência", disse Obama, numa mensagem de significado especial, já que esta quinta-feira marca os 40 anos desde o golpe militar que instalou a ditadura na Argentina.

Milhares de pessoas desapareceram, foram executadas ou exiladas durante a ditadura. Obama jogou flores no rio Prata em homenagem a presos políticos que foram jogados drogados, mas vivos, em suas águas, nos chamados voos da morte.

"Hoje, a pedido do Presidente Macri, desclassificaremos ainda mais documentos da ditadura", disse Obama no Parque da Memória, na fronteira com o Rio da Prata, onde estão os nomes dos cerca de 9.000 opositores mortos neste capítulo triste na história Argentina, que acabou em 1983.

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