Exame Logo

Obama pede que Congresso resolva "bagunça" em impasse da dívida

O presidente Barack Obama pediu nesta sexta-feira que republicanos e democratas, neste momento profundamente divididos sobre o assunto, parem de brigar

"Há muitos modos de sair dessa bagunça, mas estamos quase ficando sem tempo", afirmou, alertando que o rating "AAA" do país corre risco. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 18h01.

Washington - Faltando apenas quatro dias para que os Estados Unidos atinjam seu limite de dívida, o presidente Barack Obama pediu nesta sexta-feira que republicanos e democratas, neste momento profundamente divididos sobre o assunto, parem de brigar e encontrem um modo de "sair desta bagunça." Obama disse que um plano de redução de déficit proposto pelo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, seria barrado no Senado, comando pelos democratas, e que estava havendo perda de tempo. Ele pediu compromisso e disse que os dois partidos não estão tão longe no que se refere a cortes de gastos.

"Há muitos modos de sair dessa bagunça, mas estamos quase ficando sem tempo", afirmou, alertando que o rating "AAA" do país corre risco.

Os Estados Unidos não conseguirão captar recursos para pagar suas obrigações caso o Congresso não eleve o limite da dívida até 2 de agosto. Isso poderia resultar num default sem precedentes que poderia recolocar a já frágil economia numa recessão.

Temores com a saúde da economia norte-americana se multiplicaram nesta sexta-feira, após um relatório do governo mostrar um crescimento econômico no segundo trimestre mais fraco que o esperado, elevando o risco de uma recessão.

A fala de Obama ocorreu ao mesmo tempo em que líderes republicanos encontram dificuldades para acertarem um plano de dívida, alvejado por dúvidas na quinta-feira à noite, quando alguns parlamentares conservadores se recusaram a apoiar o projeto do líder de seu partido.

O fracasso por parte de Boehner em obter apoio suficiente expôs uma divisão no Partido Republicano que poderia complicar os esforços para alcançar um compromisso de elevar o teto da dívida até terça-feira, prazo final.

Líderes globais têm ficado atordoados pelos problemas em Washington, que têm colocado os Estados Unidos à beira de um default. O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, afirmou nesta sexta-feira que o país está brincando com fogo.

A China, maior credor norte-americano, vem repetidamente exigindo que Washington proteja seus investimentos em dólar. A agência de notícia estatal chinesa informou nesta sexta-feira que os norte-americanos têm sido afetados por políticas "perigosamente irresponsáveis." O dólar recuava ante uma cesta de moedas, despencando à mínima recorde contra o franco suíço.

Investidores vêm apostando há semanas que Washington elevará o teto da dívida a tempo, mas, faltando apenas quatro dias para o prazo final, os mercados estão ficando cada vez mais nervosos.

Veja também

Washington - Faltando apenas quatro dias para que os Estados Unidos atinjam seu limite de dívida, o presidente Barack Obama pediu nesta sexta-feira que republicanos e democratas, neste momento profundamente divididos sobre o assunto, parem de brigar e encontrem um modo de "sair desta bagunça." Obama disse que um plano de redução de déficit proposto pelo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, seria barrado no Senado, comando pelos democratas, e que estava havendo perda de tempo. Ele pediu compromisso e disse que os dois partidos não estão tão longe no que se refere a cortes de gastos.

"Há muitos modos de sair dessa bagunça, mas estamos quase ficando sem tempo", afirmou, alertando que o rating "AAA" do país corre risco.

Os Estados Unidos não conseguirão captar recursos para pagar suas obrigações caso o Congresso não eleve o limite da dívida até 2 de agosto. Isso poderia resultar num default sem precedentes que poderia recolocar a já frágil economia numa recessão.

Temores com a saúde da economia norte-americana se multiplicaram nesta sexta-feira, após um relatório do governo mostrar um crescimento econômico no segundo trimestre mais fraco que o esperado, elevando o risco de uma recessão.

A fala de Obama ocorreu ao mesmo tempo em que líderes republicanos encontram dificuldades para acertarem um plano de dívida, alvejado por dúvidas na quinta-feira à noite, quando alguns parlamentares conservadores se recusaram a apoiar o projeto do líder de seu partido.

O fracasso por parte de Boehner em obter apoio suficiente expôs uma divisão no Partido Republicano que poderia complicar os esforços para alcançar um compromisso de elevar o teto da dívida até terça-feira, prazo final.

Líderes globais têm ficado atordoados pelos problemas em Washington, que têm colocado os Estados Unidos à beira de um default. O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, afirmou nesta sexta-feira que o país está brincando com fogo.

A China, maior credor norte-americano, vem repetidamente exigindo que Washington proteja seus investimentos em dólar. A agência de notícia estatal chinesa informou nesta sexta-feira que os norte-americanos têm sido afetados por políticas "perigosamente irresponsáveis." O dólar recuava ante uma cesta de moedas, despencando à mínima recorde contra o franco suíço.

Investidores vêm apostando há semanas que Washington elevará o teto da dívida a tempo, mas, faltando apenas quatro dias para o prazo final, os mercados estão ficando cada vez mais nervosos.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEndividamento de paísesEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame