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Obama pede que Congresso aja para evitar paralisação

Presidente fez duro alerta contra o risco de que órgãos federais parem de funcionar caso Congresso não aprove um projeto emergencial para os gastos públicos

Barack Obama, presidente dos EUA, chega para uma entrevista coletiva sobre orçamento federal e relações com o Irã, em Washington (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 21h40.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , fez nesta sexta-feira um duro alerta contra o risco de que órgãos federais parem de funcionar a partir da próxima terça-feira, caso o Congresso não aprove um projeto emergencial para os gastos públicos.

A bancada republicana na Câmara dos Deputados quer aproveitar o projeto orçamentário para retirar verbas do programa de saúde pública conhecido como Obamacare.

O Senado, onde o governo democrata tem maioria, já aprovou nesta sexta-feira um projeto que garante as verbas necessárias para manter o governo funcionando. Esse projeto não retira verbas da saúde.

"Nos próximos três dias, os republicanos da Câmara terão de decidir se se juntam ao Senado e mantêm o governo aberto, ou se o fecham porque não conseguem se impor em uma questão que não tem nada a ver com o déficit", disse Obama em declaração a jornalistas na Casa Branca.

A Câmara pode votar o seu projeto numa rara sessão de fim de semana. Mas tudo indica que os republicanos vão preparar um novo projeto, o que obrigaria sua volta ao Senado, tornando mais provável o fechamento do governo.

Isso poderia afetar atividades como merendas escolares para crianças pobres, o pagamento de soldos para militares e operações em embaixadas estrangeiras.

Antes de o Senado aprovar seu projeto para manter as luzes ligadas nos prédios públicos, o líder da maioria democrata, Harry Reid, disse que a medida passaria "uma mensagem aos republicanos radicais" de que eles poderiam contribuir simplesmente prorrogando as verbas federais em seu nível atual.

Provocando o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, Reid disse a jornalistas que o projeto do Senado seria amplamente aprovado na Câmara "se o presidente da Casa tiver a coragem" de submetê-lo a votação.

Mas Boehner tem algumas realidades políticas a considerar. O deputado republicano Richard Hudson disse que "seria devastador para o apoio ao presidente da Câmara" manter um projeto que precisaria de amplo apoio democrata para ser aprovado, já que ele enfrenta objeções de grande parte da bancada oposicionista.

Grupos empresariais como a Câmara de Comércio dos EUA pediram ao Congresso que aprove imediatamente a lei orçamentária e eleve o teto de endividamento do governo.

A preocupação com as negociações fiscais em Washington fizeram com que o dólar chegasse nesta sexta-feira à sua menor cotação em sete meses e meio, e pressionou o mercado de títulos.

O impasse faz com que o custo dos seguros contra uma moratória nos títulos da dívida norte-americana chegasse ao seu maior valor desde maio.

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A bancada republicana na Câmara dos Deputados quer aproveitar o projeto orçamentário para retirar verbas do programa de saúde pública conhecido como Obamacare.

O Senado, onde o governo democrata tem maioria, já aprovou nesta sexta-feira um projeto que garante as verbas necessárias para manter o governo funcionando. Esse projeto não retira verbas da saúde.

"Nos próximos três dias, os republicanos da Câmara terão de decidir se se juntam ao Senado e mantêm o governo aberto, ou se o fecham porque não conseguem se impor em uma questão que não tem nada a ver com o déficit", disse Obama em declaração a jornalistas na Casa Branca.

A Câmara pode votar o seu projeto numa rara sessão de fim de semana. Mas tudo indica que os republicanos vão preparar um novo projeto, o que obrigaria sua volta ao Senado, tornando mais provável o fechamento do governo.

Isso poderia afetar atividades como merendas escolares para crianças pobres, o pagamento de soldos para militares e operações em embaixadas estrangeiras.

Antes de o Senado aprovar seu projeto para manter as luzes ligadas nos prédios públicos, o líder da maioria democrata, Harry Reid, disse que a medida passaria "uma mensagem aos republicanos radicais" de que eles poderiam contribuir simplesmente prorrogando as verbas federais em seu nível atual.

Provocando o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, Reid disse a jornalistas que o projeto do Senado seria amplamente aprovado na Câmara "se o presidente da Casa tiver a coragem" de submetê-lo a votação.

Mas Boehner tem algumas realidades políticas a considerar. O deputado republicano Richard Hudson disse que "seria devastador para o apoio ao presidente da Câmara" manter um projeto que precisaria de amplo apoio democrata para ser aprovado, já que ele enfrenta objeções de grande parte da bancada oposicionista.

Grupos empresariais como a Câmara de Comércio dos EUA pediram ao Congresso que aprove imediatamente a lei orçamentária e eleve o teto de endividamento do governo.

A preocupação com as negociações fiscais em Washington fizeram com que o dólar chegasse nesta sexta-feira à sua menor cotação em sete meses e meio, e pressionou o mercado de títulos.

O impasse faz com que o custo dos seguros contra uma moratória nos títulos da dívida norte-americana chegasse ao seu maior valor desde maio.

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