Obama pede cuidado em ofensiva no Iraque
O governo dos Estados Unidos tem considerado uma possível expansão dos ataques aéreos contra grupos insurgentes para além das fronteiras do Iraque
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 15h34.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama , advertiu nesta terça-feira que o país deve usar seus poderes com cuidado na ofensiva contra os militantes iraquianos e deve evitar enviar norte-americanos para regiões de perigo ao menos que seja absolutamente necessário.
O governo dos Estados Unidos tem considerado uma possível expansão dos ataques aéreos contra grupos insurgentes para além das fronteiras do Iraque .
"A história nos ensina os perigos do exagero e de nos estendermos demais, tentando avançar sozinhos sem o apoio da comunidade internacional, ou correr para aventuras militares sem pensar nas consequências", disse Obama durante depoimento a membros da Legião Americana em Carlotte, na Carolina do Norte.
O presidente chamou os EUA de "a única nação indispensável do mundo" e disse que o país deve liderar com força, confiança e sabedoria, comprometendo-se a evitar uma nova guerra no Iraque.
Obama fez a declaração enquanto o governo sinaliza que pode estar se preparando para realizar operações militares na Síria.
Autoridades de alto escalão dos EUA afirmaram que o Pentágono enviaria aviões de monitoramento para coletarem informações do espaço aéreo sírio.
A Casa Branca alegou nesta terça-feira que Obama não havia se decidido ainda se expandiria os ataques aéreos para além do Iraque.
O presidente disse que a solução para o Iraque não era enviar missões militares em grande escala ou ocupar outros países por longos períodos - medidas que, segundo ele, acabam alimentando o extremismo.
Ele, no entanto, tratou com seriedade os militantes do Estado Islâmico e aqueles que ameaçam o povo norte-americano.
"Nossa mensagem para qualquer um que ferir nosso povo é simples: a América não esquece", disse Obama. "Nosso alcance é logo. Nós somos pacientes. A Justiça será feita."
Nesta terça-feira, autoridades dos Estados Unidos e familiares afirmaram que o grupo de militantes Estado Islâmico mantinha uma jovem norte-americana como refém na Síria desde o ano passado.
A mulher trabalhava há anos com grupos de ajuda humanitária quando foi sequestrada.
O governo e a família pediram que o nome da jovem não seja revelado porque temem por sua segurança.
As autoridades falaram sob condição de anonimato porque não foram autorizadas a discutir o caso publicamente.
A mulher é uma entre os três reféns norte-americanos conhecidos dos militantes do Estado Islâmico na Síria.
Uma outra vítima, o jornalista James Foley, foi decapitado pelos insurgentes na semana passada.
Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.