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Obama passará dois dias a mais na Argentina, revela Macri

A viagem de Obama à Argentina será a primeira oficial de um presidente americano em quase 19 anos, desde Bill Clinton em 1997

Obama: "Ele escolheu passar um par de dias em Bariloche", disse Macri (Jorge Silva / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 15h00.

Buenos Aires - O presidente argentino, Mauricio Macri , anunciou nesta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , decidiu passar dois dias a mais na Argentina, depois da visita oficial marcada para os dias 23 e 24 de março.

A agenda oficial de Obama durante sua visita a Buenos Aires não foi confirmada, nem se sua estadia em Bariloche, no oeste do país, terá caráter privado ou se envolverá atividades oficiais.

"Ele escolheu passar um par de dias em Bariloche", disse Macri durante um evento na empresa de tecnologia aplicada INVAP, nessa cidade, localizada na província de Río Negro.

Macri, que assumiu o cargo em 10 de dezembro após 12 anos de kirchnerismo, se mostrou convencido de que o mundo "abriu a mão novamente" à Argentina, ao repassar as visitas de líderes mundiais desde sua posse, como a do presidente francês, François Hollande, e do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.

A viagem de Obama à Argentina será a primeira oficial de um presidente americano em quase 19 anos, desde Bill Clinton em 1997, quando se reuniu com o então chefe de Estado argentino, Carlos Menem.

Depois de a Casa Branca anunciar a viagem, em fevereiro, surgiu a polêmica se abriu na Argentina pela coincidência da visita com o aniversário do golpe de Estado que em 1976 desencadeou uma ditadura militar que durou até 1983, o que causou mal-estar entre algumas associações humanitárias.

"Comecei a pensar no país que Obama representa e em seguida me veio à cabeça o Plano Condor. Um plano tramado, projetado e executado pelos Estados Unidos", disse Hebe de Bonafini, titular da Associação Mães da Praça de Maio, em referência à repressão coordenada pelas ditaduras militares do Cone Sul.

Também Carlos Pisoni, militante de H.I.J.O.S, disse que a visita de Obama é uma "provocação", o que foi negado pelo ministro argentino de Justiça, Germán Garavano, ao afirmar que a escolha da data pelos EUA só teve a ver com a agenda, para coincidir com a ida a Cuba.

Além disso, o prêmio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel pediu em carta a Obama, que foi divulgada hoje, que admita a cumplicidade de seu país com "os golpes de Estado do passado e do presente na região".

A titular de Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, afirmou por sua vez que aceitaria se reunir com Obama para pedir que desclasifique os arquivos sobre a ditadura que possam ajudar a encontrar desaparecidos e bebês roubados nesse período.

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Buenos Aires - O presidente argentino, Mauricio Macri , anunciou nesta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , decidiu passar dois dias a mais na Argentina, depois da visita oficial marcada para os dias 23 e 24 de março.

A agenda oficial de Obama durante sua visita a Buenos Aires não foi confirmada, nem se sua estadia em Bariloche, no oeste do país, terá caráter privado ou se envolverá atividades oficiais.

"Ele escolheu passar um par de dias em Bariloche", disse Macri durante um evento na empresa de tecnologia aplicada INVAP, nessa cidade, localizada na província de Río Negro.

Macri, que assumiu o cargo em 10 de dezembro após 12 anos de kirchnerismo, se mostrou convencido de que o mundo "abriu a mão novamente" à Argentina, ao repassar as visitas de líderes mundiais desde sua posse, como a do presidente francês, François Hollande, e do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.

A viagem de Obama à Argentina será a primeira oficial de um presidente americano em quase 19 anos, desde Bill Clinton em 1997, quando se reuniu com o então chefe de Estado argentino, Carlos Menem.

Depois de a Casa Branca anunciar a viagem, em fevereiro, surgiu a polêmica se abriu na Argentina pela coincidência da visita com o aniversário do golpe de Estado que em 1976 desencadeou uma ditadura militar que durou até 1983, o que causou mal-estar entre algumas associações humanitárias.

"Comecei a pensar no país que Obama representa e em seguida me veio à cabeça o Plano Condor. Um plano tramado, projetado e executado pelos Estados Unidos", disse Hebe de Bonafini, titular da Associação Mães da Praça de Maio, em referência à repressão coordenada pelas ditaduras militares do Cone Sul.

Também Carlos Pisoni, militante de H.I.J.O.S, disse que a visita de Obama é uma "provocação", o que foi negado pelo ministro argentino de Justiça, Germán Garavano, ao afirmar que a escolha da data pelos EUA só teve a ver com a agenda, para coincidir com a ida a Cuba.

Além disso, o prêmio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel pediu em carta a Obama, que foi divulgada hoje, que admita a cumplicidade de seu país com "os golpes de Estado do passado e do presente na região".

A titular de Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, afirmou por sua vez que aceitaria se reunir com Obama para pedir que desclasifique os arquivos sobre a ditadura que possam ajudar a encontrar desaparecidos e bebês roubados nesse período.

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