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Obama garante que "EUA não deixarão de pagar suas dívidas"

O presidente norte-americano disse que se reunirá com os dirigentes do Congresso para chegar a uma solução no debate sobre a redução do déficit

Obama, durante entrevista coletiva: "um acordo requereria que tanto democratas como republicanos cedam um pouco no que foram seus princípios intocáveis" (Alex Wong/Getty Images)

Obama, durante entrevista coletiva: "um acordo requereria que tanto democratas como republicanos cedam um pouco no que foram seus princípios intocáveis" (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 13h55.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, assegurou nesta segunda-feira que os Estados Unidos "nunca deixaram nem deixarão de pagar suas dívidas", e pediu a republicanos e democratas que aceitem o preço político de um acordo sobre a redução do déficit.

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Obama disse que se reunirá nesta segunda-feira "e a cada dia enquanto for necessário" com os dirigentes do Congresso, até que se encontre uma solução no debate sobre a redução do déficit e o aumento do teto de empréstimo do país.

O presidente reiterou que seguirá buscando "o maior acordo possível" que pretende uma redução do déficit de US$ 4 trilhões de na próxima década, algo que os republicanos rejeitam porque requereria aumentos de impostos.

O Departamento do Tesouro indicou que os Estados Unidos ultrapassarão no dia 2 de agosto o teto de endividamento autorizado pelo Congresso, situado em US$ 14,29 trilhões, o que torna urgente a discussão sobre o déficit fiscal, que neste ano chegará a US$ 1,2 trilhão.

"Temos uma obrigação moral de lidar com a dívida e com o déficit, e isso escutamos várias vezes dos republicanos", sustentou Obama.

"Um acordo requereria que tanto democratas como republicanos cedam um pouco no que foram seus princípios intocáveis, desde os impostos aos programas sociais", explicou Obama.

"Mas o que eu não posso aceitar e não aceitarei é um acordo no qual cedamos tudo e ganhamos nada", acrescentou o presidente.

"Se cada parte quer ficar com 100% do que são seus orçamentos ideológicos, não obteremos um acordo", advertiu.

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