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Obama faz campanha com Michelle e sofre ataques de Romney

A última batalha entre as campanhas ocorreu por causa de um comentário do vice-presidente, Joe Biden, que disse que os republicanos tentam acorrentar os americanos


	Barack Obama: A campanha de Obama está impulsionada ''pela divisão, o ataque e o ódio''
 (©AFP / Saul Loeb)

Barack Obama: A campanha de Obama está impulsionada ''pela divisão, o ataque e o ódio'' (©AFP / Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 20h23.

Washington - O presidente dos Estados Unidos e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, recorreu nesta quarta-feira à popularidade de sua esposa, Michelle, para reforçar sua campanha em Iowa, enquanto seu rival republicano Mitt Romney o criticou com dureza e o acusou de fazer ''qualquer coisa'' para permanecer no poder.

A última batalha dialética entre as campanhas ocorreu por causa de um comentário do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, que disse na terça-feira em Danville (Virgínia), perante uma audiência majoritariamente negra, que os republicanos tentam, com suas políticas, acorrentar os americanos.

Para os republicanos e alguns analistas a afirmação de Biden foi uma referência ''inaceitável'' à escravidão.

Obama, que espera conseguir a reeleição no pleito do dia 6 de novembro, ''só está concorrendo para manter-se no cargo e faria qualquer coisa'' para seguir na Casa Branca, denunciou Romney hoje em entrevista ao canal ''CBS''.

A campanha de Obama está impulsionada ''pela divisão, o ataque e o ódio'' e um exemplo disso foi o comentário de Biden, comentou o virtual candidato presidencial republicano em uma de suas críticas mais duras até o momento contra o presidente.

O certo é que as duas campanhas estão há várias semanas envolvidas em uma guerra de mensagens e anúncios negativos, com subidas de tom e desqualificações de ambos lados.


Obama não respondeu às críticas de Romney nem fez alusão à polêmica pela declaração de Biden em uma rara aparição eleitoral junto com sua esposa, Michelle, em Dubuque (Iowa).

O presidente concentrou grande parte de seu discurso no Medicare, um programa de saúde pública para idosos, aposentados e deficientes. Segundo Obama, a iniciativa ''desaparecerá'' se Romney ganhar as eleições.

A primeira-dama, que mantém altos índices de popularidade entre os americanos, defendeu com entusiasmo seu marido perante as críticas dos republicanos.

A disputa ''se reduz a quem você é e o que você defende. Todos sabemos quem é meu marido. E todos sabemos o que defende'', ressaltou Michelle.

O casal Obama participará hoje de outro ato eleitoral em Iowa antes de retornar a Washington, enquanto Romney passa o dia em atividades de arrecadação de fundos na Carolina do Norte e Alabama.

Paul Ryan, candidato a vice de Romney e cuja nomeação sacudiu a campanha, está hoje em Ohio e dará um discurso na Universidade de Miami, onde formou-se em Ciências Políticas e Economia.

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