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Obama fala sobre retomada de relações diplomáticas

Obama e Raúl Castro falaram por telefone por mais de 45 minutos na terça, 1ª discussão substancial entre presidentes dos EUA e de Cuba desde 1961, dizem fontes


	Obama: EUA e Cuba concordaram em restabelecer relações diplomáticas e suas ligações econômicas e viagens
 (Mandel Ngan/AFP)

Obama: EUA e Cuba concordaram em restabelecer relações diplomáticas e suas ligações econômicas e viagens (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 14h23.

Washington - Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro se pronunciarão separadamente nesta tarde a respeito dos acordos para o restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba.

Os dois líderes falaram por telefone por mais de 45 minutos na terça-feira, a primeira discussão substancial entre presidentes dos dois países desde 1961, informaram fontes de Washington em condição de anonimato.

Estados Unidos e Cuba concordaram em restabelecer relações diplomáticas e suas ligações econômicas e viagens, o que representa uma mudança histórica na política de Washington em relação à ilha comunista após 50 anos de inimizade iniciada com a guerra fria, informaram autoridades norte-americanas nesta quarta-feira.

O anúncio acontece em meio a uma série de súbitas ações de confiança entre os antigos inimigos, o que incluiu a libertação do prisioneiro norte-americano Alan Gross por Cuba, que por sua vez vai receber três espiões cubanos detidos na Flórida.

Os anúncios desta quarta-feira foram feitas após mais de um ano de negociações secretas entre Estados Unidos e Cuba no Canadá e no Vaticano.

As fontes do governo norte-americano disseram que o papa Francisco esteve pessoalmente engajado no processo e enviou cartas separadas para Obama e Raúl Castro durante o ano para pedir a eles que retomassem as relações.

Como parte da retomada das relações diplomáticas com Cuba, os Estados Unidos vão em breve reabrir a embaixada em Havana e intensificar as relações entre escalões dos dois governos.

Washington vai aliviar as proibições de viagens para Cuba, o que inclui visitas familiares, negócios oficiais do governo norte-americano e atividades educacionais, mas as viagens turísticas continuam proibidas.

Obama não tem autoridade para levantar o embargo econômico a Cuba, porque foi o Congresso que promulgou a lei.

As fontes afirmaram, porém, que o presidente saudaria uma iniciativa neste sentido adotada pelos deputados e senadores. Fonte: Associated Press.

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