Obama encerra viagem pela França em almoço com Macron
ÀS SETE - Segundo um jornal francês, o encontro deve ser modesto, para não ofender o atual presidente americano, Donald Trump
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 06h32.
Última atualização em 1 de dezembro de 2017 às 07h24.
O presidente da França, Emmanuel Macron , vai receber neste sábado o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , para um almoço privado em Paris — que deve ser modesto, para não ofender o atual presidente americano, Donald Trump, conforme informou o jornal Le Parisien.
Em maio, Obama publicou um vídeo nas redes sociais em apoio à candidatura de Macron. A visita vem num momento de especial atrito diplomático entre os dois países.
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Em julho, Trump foi recebido em Paris como convidado de honra, com direito a tapete vermelho e jantar na Torre Eiffel, numa tentativa de Macron de fazê-lo um aliado.
Entre as pautas estava a mudança de ideia sobre a agenda das mudanças climáticas. Sem sucesso. Agora, uma reunião sobre o tema foi marcada com diversos líderes mundiais para 12 de dezembro, e Trump não foi convidado.
O presidente francês também está lutando para manter o acordo nuclear iraniano, mesmo sem o apoio dos Estados Unidos.
Macron vai aproveitar a passagem de Obama pelo país, que vai participar no sábado do simpósio bianual Napoleons, destinado a discutir práticas inovadoras em comunicação.
A última vez que o americano esteve na França foi em 2015, para atender à COP21, onde foi firmado o Acordo de Paris para o clima.
Ele também deve se encontrar com o ex-presidente François Hollande, que desde setembro preside a fundação La France S’engaje, dedicada à inovação social.
A passagem de Obama por Paris faz parte de um relançamento do ex-presidente ao cenário global. Desde a última terça-feira, ele está em viagem, que incluiu China, atualmente pressionada por Trump para se posicionar em relação à Coreia do Norte, Índia, poucos dias após a passagem de Ivanka Trump por Nova Déli, e França.
Num cenário em que Trump tem desfeito uma série de políticas adotadas por Obama, retomar as conversas com líderes globais é retomar também, de certa forma, o próprio legado.