Mundo

Obama e Nieto querem cooperar mais e reduzir violência

O presidente norte-americano manifestou o desejo de fortalecer a coordenação bilateral da fronteira com o México

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 22h24.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto, se comprometeram nesta terça-feira a estreitar tanto a integração econômica de ambos países como a cooperação bilateral para reduzir a violência e fortalecer a fronteira comum.

No início de um encontro privado no Salão Oval da Casa Branca, Obama felicitou Peña Nieto por seu triunfo em julho e afirmou que o México é muito mais que um parceiro dos EUA.

'O México se transformou não simplesmente em um importante parceiro, mas hoje é um líder multilateral, multinacional, muito importante em uma ampla gama de assuntos, da energia até a mudança climática, e esperamos trabalhar juntos não só em assuntos regionais, mas também globais', declarou Obama.

O líder americano reiterou a vontade de seu Governo de fortalecer os vínculos econômicos e comerciais com o México, assim como a coordenação bilateral na fronteira comum e na luta contra o narcotráfico.

Obama destacou as 'incríveis contribuições' dos mexicanos à economia, sociedade e vida política dos EUA, ao mesmo tempo em que reconheceu o interesse do México em que os americanos realizem uma reforma migratória integral.


Essa reforma migratória, estagnada no Congresso desde 2010 devido à falta de consenso, permitiria regularizar os imigrantes ilegais nos EUA, boa parte deles procedente do México.

Por sua parte, Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), propôs a Obama um 'replanejamento' da relação bilateral, para que tenha ênfase na troca comercial e econômica.

Peña Nieto destacou que, com um passado como legisladores locais, tanto ele como Obama têm 'uma grande sensibilidade sobre os problemas que enfrentam nossos povos', como a geração de empregos perante o arrefecimento global.

Em relação à segurança, o futuro presidente mexicano ressaltou que tem 'um grande compromisso com os mexicanos para conseguir a redução da violência, e por isso estarei propondo uma nova estratégia que nos permita conseguir esse objetivo'.


Acrescentou que se propõe a aumentar a cooperação com os EUA para 'construir fronteiras modernas, seguras, que nos permitam estar mais integrados na América do Norte'.

A visita de Peña Nieto acontece em momentos em que o México reduziu a emigração ilegal rumo aos EUA e a violência derivada do narcotráfico, além de que, em 2011, a economia mexicana cresceu com maior rapidez que a do Brasil.

Segundo a revista 'The Economist', se manter a tendência atual para 2018, os EUA importarão mais do México que de qualquer outro país. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)MéxicoPaíses ricosTráfico de drogas

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais