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Obama descarta enviar tropas para apoiar o governo líbio

"Não há planos para enviar tropas de infantaria à Líbia. Não acredito que seja necessário", declarou o líder americano

Líbia: "O que podemos fazer é proporcionar nossa assessoria técnica", especificou Obama (Mahmud Turkia / AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 16h30.

Londres - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , descartou nesta sexta-feira enviar tropas terrestres para apoiar o novo governo líbio de acordo nacional, mas se ofereceu a facilitar ajuda técnica e trabalhar para evitar o avanço do Estado Islâmico (EI).

Ao término de uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, Obama, que realiza uma visita de três dias ao Reino Unido, disse que tanto Londres como Washington estão comprometidos a ajudar a Administração da Líbia com "treino" e "assessoria para assegurar suas fronteiras".

"Não há planos para enviar tropas de infantaria à Líbia. Não acredito que seja necessário", declarou o líder americano durante uma entrevista coletiva.

"O que podemos fazer é proporcionar nossa assessoria técnica", especificou.

Obama garantiu que tanto ele como Cameron estão "fortemente comprometidos" a evitar que o grupo terrorista Estado Islâmico se afiance na Líbia.

"Estamos trabalhando, com o governo líbio e com muitos de nossos parceiros internacionais para assegurar que recebemos a informação de inteligência que necessitamos, e em alguns casos para atuar e evitar que o EI tenha outro centro desde onde lançar ataques à Europa e Estados Unidos", afirmou.

Por sua vez, Cameron ressaltou que "não há dúvidas de que a situação na Líbia representa um grande desafio", mas agora existe "um governo de acordo nacional com o qual trabalhar".

Na terça-feira, o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, disse no parlamento que o Reino Unido está disposto a avaliar o envio de ajuda técnica à Líbia, mas descartou que existam planos para desdobrar soldados em primeira linha.

A Líbia é um Estado fracassado, vítima da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional decidiu apoiar militarmente a revolta contra a ditadura de Muammar Kadafi, que caiu nesse mesmo ano.

Há um mês, o país vive uma situação política confusa, com um governo de união nacional estabelecido em Trípoli que não conta com legitimidade interna, um parlamento reconhecido internacionalmente em Tobruk, que se nega a respaldar esse gabinete, e uma liderança cessante e rebelde na capital que ainda conserva poder militar.

Da situação tiraram proveito grupos radicais e o braço líbio da organização terrorista EI, que no último ano ampliou o território sob seu controle e estabeleceu um novo bastião no litoral do Mediterrâneo, assim como traficantes de pessoas que administram um negócio milionário.

Está previsto que a frágil situação na Líbia domine a reunião que o G5, que inclui o Reino Unido e os EUA, realizará na segunda-feira em Hannover (Alemanha), na última escala da viagem internacional do presidente americano.

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Londres - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , descartou nesta sexta-feira enviar tropas terrestres para apoiar o novo governo líbio de acordo nacional, mas se ofereceu a facilitar ajuda técnica e trabalhar para evitar o avanço do Estado Islâmico (EI).

Ao término de uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, Obama, que realiza uma visita de três dias ao Reino Unido, disse que tanto Londres como Washington estão comprometidos a ajudar a Administração da Líbia com "treino" e "assessoria para assegurar suas fronteiras".

"Não há planos para enviar tropas de infantaria à Líbia. Não acredito que seja necessário", declarou o líder americano durante uma entrevista coletiva.

"O que podemos fazer é proporcionar nossa assessoria técnica", especificou.

Obama garantiu que tanto ele como Cameron estão "fortemente comprometidos" a evitar que o grupo terrorista Estado Islâmico se afiance na Líbia.

"Estamos trabalhando, com o governo líbio e com muitos de nossos parceiros internacionais para assegurar que recebemos a informação de inteligência que necessitamos, e em alguns casos para atuar e evitar que o EI tenha outro centro desde onde lançar ataques à Europa e Estados Unidos", afirmou.

Por sua vez, Cameron ressaltou que "não há dúvidas de que a situação na Líbia representa um grande desafio", mas agora existe "um governo de acordo nacional com o qual trabalhar".

Na terça-feira, o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond, disse no parlamento que o Reino Unido está disposto a avaliar o envio de ajuda técnica à Líbia, mas descartou que existam planos para desdobrar soldados em primeira linha.

A Líbia é um Estado fracassado, vítima da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional decidiu apoiar militarmente a revolta contra a ditadura de Muammar Kadafi, que caiu nesse mesmo ano.

Há um mês, o país vive uma situação política confusa, com um governo de união nacional estabelecido em Trípoli que não conta com legitimidade interna, um parlamento reconhecido internacionalmente em Tobruk, que se nega a respaldar esse gabinete, e uma liderança cessante e rebelde na capital que ainda conserva poder militar.

Da situação tiraram proveito grupos radicais e o braço líbio da organização terrorista EI, que no último ano ampliou o território sob seu controle e estabeleceu um novo bastião no litoral do Mediterrâneo, assim como traficantes de pessoas que administram um negócio milionário.

Está previsto que a frágil situação na Líbia domine a reunião que o G5, que inclui o Reino Unido e os EUA, realizará na segunda-feira em Hannover (Alemanha), na última escala da viagem internacional do presidente americano.

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