Presidente Obama discursa na ONU: Obama declarou que alguns Estados preferem estabilidade sobre a ordem internacional mandatada pela Carta das Nações Unidas (Reuters / Kevin Lamarque)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2015 às 13h32.
O presidente americano, Barack Obama, discursou nesta segunda-feira ante a Assembleia Geral das Nações Unidas e denunciou quem apoia líderes como o presidente sírio, Bashar Al-Assad, acusando-o de ser responsável pela morte de crianças.
A acusação, um ataque direto à Rússia e ao Irã por seu apoio militar ao regime sírio, acontece pouco antes do discurso que será feito pelo presidente russo Vladimir Putin.
Obama declarou que alguns Estados preferem estabilidade sobre a ordem internacional mandatada pela Carta das Nações Unidas, e tentam impô-la à força.
"Dizem que tal contenção é necessária para derrotar a desordem, que é a única maneira de acabar com o terrorismo ou prevenir a interferência estrangeira", afirmou.
"De acordo com esta lógica, deveríamos apoiar tiranos como Bashar al-Assad, que lança bombas de barril para massacrar crianças inocentes, porque a alternativa seria certamente pior", disse.
Rússia e Irã argumentaram que as potências mundiais deveriam apoiar o regime de Bashar al-Assad, ao menos até que as forças sírias consigam derrotar o grupo jihadista Estado Islâmico.
Obama disse, no entanto, que está "preparado para trabalhar com qualquer nação, incluindo a Rússia e o Irã, para resolver o conflito".
Em seu discurso, Obama também pediu que o Congresso americano levante o embargo de seu país contra Cuba.
Obama disse estar confiante de que o Congresso "inevitavelmente levantará um embargo que não deveria mais estar em vigor", diante dos aplausos das delegações dos 193 países membros.
Washington e Havana restabeleceram relações diplomáticas em julho após mais de meio século de inimizade.
Mas o embargo americano, em vigor desde a década de 1960, continua sendo um ponto de discórdia.
Obama reconheceu que a política de Washington em relação a Cuba havia "falhado em melhorar a vida do povo cubano", mas ressaltou que os direitos humanos continuam sendo uma preocupação nas relações com Havana.