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Obama cancela exercícios e condena violência no Egito

Presidente alega que uma cooperação normal dos EUA com o país não pode continuar à luz da sangrenta repressão das Forças Armadas

Presidente dos EUA, Barack Obama, caminha após discursar sobre a violência no Egito em Martha's Vineyard, EUA (Larry Downing/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 22h37.

Chilmark/Vineyard Haven - O presidente norte-americano, Barack Obama , anunciou nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão cancelando os exercícios militares conjuntos com o Egito marcados para o mês que vem, alegando que uma cooperação normal dos Estados Unidos com o país não pode continuar à luz da sangrenta repressão das Forças Armadas.

"Os Estados Unidos condenam firmemente os passos que foram tomados pelo governo interino e as forças de segurança do Egito", disse Obama em pronunciamento feito na ilha Martha's Vineyard, em Massachusetts, onde está de férias.

"Nós deploramos a violência contra civis. Nós apoiamos os direitos universais essenciais para a dignidade humana, incluindo o direito a protestos pacíficos", ele disse em seu primeiro posicionamento público desde o início da repressão na quarta-feira.

Mais de 600 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

O governo egípcio reagiu, dizendo que os comentários de Obama condenando a repressão não foram baseados em "fatos" e que irão fortalecer e incentivar grupos violentos. A Presidência interina do Egito afirmou em comunicado que o país enfrenta "atos terroristas" de partidários do presidente islâmico deposto Mohamed Mursi.

Os EUA fornecem 1,3 bilhão de dólares em ajuda militar e cerca de 250 milhões de dólares em auxílio econômico ao Egito a cada ano e têm resistido a cortar essa verba com medo de perder influência naquele país e em toda a região.

A Casa Branca encontrou uma forma clara de manifestar seu desagrado suspendendo os exercícios militares. Foi o primeiro movimento significativo do país para punir governantes militares egípcios.

Anteriormente, o governo dos EUA anunciaram a decisão de suspender a entrega ao Egito de quatro caças norte-americanos F-16. Obama disse que o estado de emergência imposto no Egito deve ser retirado e um processo de reconciliação nacional precisa ser iniciado.

"Enquanto queremos manter a nossa relação com o Egito, a nossa cooperação tradicional não pode continuar como de costume, quando civis estão sendo mortos nas ruas e os direitos estão sendo revertidos", disse Obama.

"Daqui para frente, pedi à minha equipe de segurança nacional para avaliar as implicações das ações tomadas pelo governo interino e outras medidas que podemos tomar se necessário no que diz respeito às relações EUA-Egito." Ele não entrou em detalhes, mas o Departamento de Estado afirmou que os Estados Unidos iriam rever a sua ajuda ao Egito em "todas as formas".

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Chilmark/Vineyard Haven - O presidente norte-americano, Barack Obama , anunciou nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão cancelando os exercícios militares conjuntos com o Egito marcados para o mês que vem, alegando que uma cooperação normal dos Estados Unidos com o país não pode continuar à luz da sangrenta repressão das Forças Armadas.

"Os Estados Unidos condenam firmemente os passos que foram tomados pelo governo interino e as forças de segurança do Egito", disse Obama em pronunciamento feito na ilha Martha's Vineyard, em Massachusetts, onde está de férias.

"Nós deploramos a violência contra civis. Nós apoiamos os direitos universais essenciais para a dignidade humana, incluindo o direito a protestos pacíficos", ele disse em seu primeiro posicionamento público desde o início da repressão na quarta-feira.

Mais de 600 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

O governo egípcio reagiu, dizendo que os comentários de Obama condenando a repressão não foram baseados em "fatos" e que irão fortalecer e incentivar grupos violentos. A Presidência interina do Egito afirmou em comunicado que o país enfrenta "atos terroristas" de partidários do presidente islâmico deposto Mohamed Mursi.

Os EUA fornecem 1,3 bilhão de dólares em ajuda militar e cerca de 250 milhões de dólares em auxílio econômico ao Egito a cada ano e têm resistido a cortar essa verba com medo de perder influência naquele país e em toda a região.

A Casa Branca encontrou uma forma clara de manifestar seu desagrado suspendendo os exercícios militares. Foi o primeiro movimento significativo do país para punir governantes militares egípcios.

Anteriormente, o governo dos EUA anunciaram a decisão de suspender a entrega ao Egito de quatro caças norte-americanos F-16. Obama disse que o estado de emergência imposto no Egito deve ser retirado e um processo de reconciliação nacional precisa ser iniciado.

"Enquanto queremos manter a nossa relação com o Egito, a nossa cooperação tradicional não pode continuar como de costume, quando civis estão sendo mortos nas ruas e os direitos estão sendo revertidos", disse Obama.

"Daqui para frente, pedi à minha equipe de segurança nacional para avaliar as implicações das ações tomadas pelo governo interino e outras medidas que podemos tomar se necessário no que diz respeito às relações EUA-Egito." Ele não entrou em detalhes, mas o Departamento de Estado afirmou que os Estados Unidos iriam rever a sua ajuda ao Egito em "todas as formas".

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