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Obama anuncia ataques aéreos contra Estado Islâmico na Síria

"Nosso objetivo é claro: nós vamos rebaixar e, em última análise, destruir o Estado Islâmico", disse o presidente americano


	Barack Obama anuncia plano contra EI
 (REUTERS/Saul Loeb/Pool)

Barack Obama anuncia plano contra EI (REUTERS/Saul Loeb/Pool)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 10h22.

São Paulo - Em um discurso duro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira uma estratégia sistemática contra o Estado Islâmico, que incluirá ataques aéreos na Síria. "Nosso objetivo é claro: nós vamos rebaixar e, em última análise, destruir o Estado Islâmico", declarou o democrata.

Segundo Obama, o grupo não é reconhecido por nenhum governo e trata-se de uma "organização terrorista única em sua brutalidade", citando violações contra mulheres, além do assassinato de crianças e da decapitação de jornalistas norte-americanos.

O presidente afirmou que os ataques aéreos contra os membros da organização vão acontecer na Síria e no Iraque. "Se vocês ameaçam a América, não encontrarão paraíso seguro", disse o democrata.

Além do combate aéreo, o Estado americano deve enviar ao Iraque 475 americanos que não participarão diretamente do combate, mas auxiliarão as forças iraquianas em treinamento, inteligência e equipamento contra o EI. Dessa maneira, Obama diferenciou a atual missão das últimas incursões no Iraque e no Afeganistão.

“Essa estratégia de afastar terroristas que nos ameaçam, enquanto apoiamos aliados na linha de frente, é uma das estratégias que perseguimos com sucesso no Iêmen e na Somália por anos”, disse Obama, em um exemplo infeliz durante o discurso. 

Apesar de usar drones, forças especiais e mísseis durante quase 13 anos na região, os Estados Unidos ainda estão tentando evitar que terroristas atuem nesses países.

O democrata prometeu ainda que os EUA continuarão enviando ajuda humanitária às vítimas do conflito.

Obama justificou a nova ação dizendo que, se os Estados Unidos não fizerem nada, o grupo pode ampliar sua ameaça a outras regiões, incluindo o território norte-americano. O presidente recordou o 11 de setembro ao afirmar que "pequenos grupos de assassinos têm a capacidade de provocar um grande mal".

Até agora, a estratégia dos EUA no conflito consistiu em ataques aéreos contra o EI no Iraque com objetivo de proteger soldados americanos que ainda atuam na região.

Com o discurso, o presidente tenta atender ao crescente apoio civil e político à uma intervenção militar dos EUA na Síria contra o EI. A posição representa uma mudança significativa na postura do presidente, que há três anos retirou as últimas forças de combate do Iraque.
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