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Obama alerta sobre cortes 'injustos'

Em seu segundo dia em viagem eleitoral por Ohio, Nevada e Nova York, Obama se concentrou, no comício em Las Vegas, em criticar Romney

Barack Obama: ''Romney diz que temos professores suficientes. Da maneira que fala, parece que ele pensa que se trata de um grupo de burocratas'' (Larry Downing/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 19h12.

Washington - O presidente dos EUA e candidato democrata à reeleição, Barack Obama , alertou nesta quarta-feira sobre os ''injustos'' cortes do orçamento de educação que entrarão em vigor se seu opositor republicano, Mitt Romney, que prometeu restaurar a ''liberdade'' e o crescimento no país, chegar ao poder.

Em seu segundo dia em viagem eleitoral por Ohio, Nevada e Nova York, Obama se concentrou, no comício em Las Vegas, em criticar Romney porque, segundo ele, cortará 20% do investimento em educação, se ganhar as eleições de 6 de novembro, para financiar reduções de impostos para os cidadãos mais ricos.

Por sua vez, Romney fez campanha no estado de Iowa e denunciou que Obama minou as liberdades econômicas durante seu mandato, enquanto lida com a polêmica das declarações do deputado republicano Todd Akin sobre o aborto e supostos diferentes tipos de estupro.

''Romney diz que temos professores suficientes, que não precisamos de mais. Da maneira que fala, parece que ele pensa que se trata de um grupo de burocratas anônimos que temos que reduzir'', ressaltou Obama, que acrescentou que ''um grande professor pode mudar a trajetória de vida de uma criança''.

Além disso, o candidato lembrou que os republicanos no Congresso, ''liderados'' pelo candidato a vice-presidente de Romney, Paul Ryan, ''se uniram para bloquear um projeto de lei que teria ajudado os estados a contratar professores''.

Um homem interrompeu Obama enquanto falava e ele aproveitou a circunstância para reforçar sua teoria: ''Aquele jovem provavelmente precisava de um bom professor''.


Quase simultaneamente ao comício do presidente em um instituto de Las Vegas, Romney falou em uma fábrica em Bettendorf (Iowa), onde denunciou que Obama tentou substituir a ''liberdade'' pela ação do governo, o que segundo sua opinião ''não funcionou nem funcionará nunca''.

''Uma em cada seis pessoas caiu na pobreza sob este governo. O abismo entre ricos e pobres ficou maior'', criticou Romney ao prometer que restabelecerá a liberdade e fará os Estados Unidos ''voltarem a crescer''.

O candidato republicano também pediu aos cidadãos de Iowa que cada um busque uma pessoa que tenha votado em Obama em 2008 e lhe peçam que tome ''um rumo diferente'' nas eleições de 6 de novembro.

''Encontrem-nos. Falem com eles. Levem-nos às urnas'', pediu Romney, que hoje não mencionou o escândalo gerado pelos comentários de seu correligionário Akin depois de lhe pedir ontem que abandone a corrida por uma cadeira no Senado, pelo bem do partido.

Ryan quis se distanciar e condenou publicamente as afirmações de Akin, em entrevista televisiva exibida hoje.

''Não conheço ninguém que concordaria'' com as declarações de Akin, disse Ryan na entrevista a uma televisão local de Pittsburgh (Pensilvânia) na qual também classificou como ''degradante'' a referência ao ''estupro autêntico'' feita pelo congressista.

Após o escândalo gerado nos EUA pelos comentários de Akin, os democratas ressaltaram os vínculos do congressista com Ryan, um devoto católico antiaborto - exceto quando a vida da mãe corre risco.


De fato, em 2011 Ryan e outros republicanos copatrocinaram um projeto de lei de Akin, membro da Câmara dos Deputados, que pretendia reforçar as proibições federais ao financiamento do aborto e instalar o conceito de ''estupro forçado''.

Segundo uma enquete do jornal ''The Washington Post'' e da rede ''ABC'' divulgada hoje, Ryan é mais popular entre os eleitores independentes que seu rival democrata e atual vice-presidente dos EUA, Joe Biden.

Obama encerrará o dia de hoje em Nova York com um ato de arrecadação de fundos com astros da NBA e na próxima semana fará campanha nos decisivos estados do Colorado, Iowa e Virgínia em paralelo à realização da Convenção Republicana em Tampa (Flórida).

Quanto a Romney, amanhã o candidato visitará o Novo México e na sexta-feira fará campanha em Michigan com Ryan.

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Em seu segundo dia em viagem eleitoral por Ohio, Nevada e Nova York, Obama se concentrou, no comício em Las Vegas, em criticar Romney porque, segundo ele, cortará 20% do investimento em educação, se ganhar as eleições de 6 de novembro, para financiar reduções de impostos para os cidadãos mais ricos.

Por sua vez, Romney fez campanha no estado de Iowa e denunciou que Obama minou as liberdades econômicas durante seu mandato, enquanto lida com a polêmica das declarações do deputado republicano Todd Akin sobre o aborto e supostos diferentes tipos de estupro.

''Romney diz que temos professores suficientes, que não precisamos de mais. Da maneira que fala, parece que ele pensa que se trata de um grupo de burocratas anônimos que temos que reduzir'', ressaltou Obama, que acrescentou que ''um grande professor pode mudar a trajetória de vida de uma criança''.

Além disso, o candidato lembrou que os republicanos no Congresso, ''liderados'' pelo candidato a vice-presidente de Romney, Paul Ryan, ''se uniram para bloquear um projeto de lei que teria ajudado os estados a contratar professores''.

Um homem interrompeu Obama enquanto falava e ele aproveitou a circunstância para reforçar sua teoria: ''Aquele jovem provavelmente precisava de um bom professor''.


Quase simultaneamente ao comício do presidente em um instituto de Las Vegas, Romney falou em uma fábrica em Bettendorf (Iowa), onde denunciou que Obama tentou substituir a ''liberdade'' pela ação do governo, o que segundo sua opinião ''não funcionou nem funcionará nunca''.

''Uma em cada seis pessoas caiu na pobreza sob este governo. O abismo entre ricos e pobres ficou maior'', criticou Romney ao prometer que restabelecerá a liberdade e fará os Estados Unidos ''voltarem a crescer''.

O candidato republicano também pediu aos cidadãos de Iowa que cada um busque uma pessoa que tenha votado em Obama em 2008 e lhe peçam que tome ''um rumo diferente'' nas eleições de 6 de novembro.

''Encontrem-nos. Falem com eles. Levem-nos às urnas'', pediu Romney, que hoje não mencionou o escândalo gerado pelos comentários de seu correligionário Akin depois de lhe pedir ontem que abandone a corrida por uma cadeira no Senado, pelo bem do partido.

Ryan quis se distanciar e condenou publicamente as afirmações de Akin, em entrevista televisiva exibida hoje.

''Não conheço ninguém que concordaria'' com as declarações de Akin, disse Ryan na entrevista a uma televisão local de Pittsburgh (Pensilvânia) na qual também classificou como ''degradante'' a referência ao ''estupro autêntico'' feita pelo congressista.

Após o escândalo gerado nos EUA pelos comentários de Akin, os democratas ressaltaram os vínculos do congressista com Ryan, um devoto católico antiaborto - exceto quando a vida da mãe corre risco.


De fato, em 2011 Ryan e outros republicanos copatrocinaram um projeto de lei de Akin, membro da Câmara dos Deputados, que pretendia reforçar as proibições federais ao financiamento do aborto e instalar o conceito de ''estupro forçado''.

Segundo uma enquete do jornal ''The Washington Post'' e da rede ''ABC'' divulgada hoje, Ryan é mais popular entre os eleitores independentes que seu rival democrata e atual vice-presidente dos EUA, Joe Biden.

Obama encerrará o dia de hoje em Nova York com um ato de arrecadação de fundos com astros da NBA e na próxima semana fará campanha nos decisivos estados do Colorado, Iowa e Virgínia em paralelo à realização da Convenção Republicana em Tampa (Flórida).

Quanto a Romney, amanhã o candidato visitará o Novo México e na sexta-feira fará campanha em Michigan com Ryan.

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