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O último discurso de Obama

Nesta terça-feira o presidente americano Barack Obama terá a última chance de defender seu legado antes que Donald Trump preste juramento, no dia 20 de janeiro. Na noite de hoje, Obama fará seu discurso de despedida em Chicago, cidade onde iniciou sua carreira política e fez seu discurso de vitória, em novembro de 2008. Diante […]

BARACK OBAMA: presidente americano faz seu discurso final nesta terça-feira, em Chicago / Win McNamee/Getty Images

BARACK OBAMA: presidente americano faz seu discurso final nesta terça-feira, em Chicago / Win McNamee/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 19h31.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.

Nesta terça-feira o presidente americano Barack Obama terá a última chance de defender seu legado antes que Donald Trump preste juramento, no dia 20 de janeiro. Na noite de hoje, Obama fará seu discurso de despedida em Chicago, cidade onde iniciou sua carreira política e fez seu discurso de vitória, em novembro de 2008.

Diante de uma plateia de 7.000 pessoas – que enfrentaram uma temperatura de -7ºC no último sábado para retirar os ingressos gratuitos – Obama deve utilizar seu discurso para lembrar que assumiu o país diante da maior crise financeira desde a Grande Depressão e que deixa o cargo após 75 meses consecutivos de crescimento no número de empregos. A taxa de desemprego do país fechou dezembro em 4,7%. O PIB fechou o terceiro trimestre com uma alta de 3,5%.

Obama deve relembrar feitos também fora do campo econômico. Em março de 2016, ele desembarcou em Havana e seu tornou o primeiro presidente americano a visitar Cuba em quase nove décadas. Também manteve sua promessa de trazer a maioria das tropas americanas do Iraque para casa e conseguiu um histórico acordo nuclear com o Irã.

Em um e-mail enviado à sua equipe de trabalho na semana passada, Obama disse que o discurso lhe daria “celebrar as maneiras com que vocês mudaram este país para melhor nestes últimos oito anos e oferecer alguns pensamentos de para onde todos nós vamos daqui”. A expectativa é de ele também exalte políticas que vêm sofrendo ameaças de Donald Trump, como o Obamacare, seu programa de saúde obrigatório.

A dúvida é se Obama vai reconhecer os erros. Um exemplo é a prisão militar Guantánamo, que continua aberta e com 60 detidos – fechá-la foi uma de suas primeiras promessas após a eleição. Obama também foi incapaz de deter a crise na Síria – não cumpriu a promessa de agir caso o ditador Bashar al-Assad usasse armas químicas na guerra contra os rebeldes.

Em seu último discurso como primeira dama na última sexta-feira, Michelle Obama levou o público às lágrimas com um apelo à esperança e inclusão, em um recado ao futuro presidente Donald Trump. O otimismo, uma das marcas de Obama, deve dar o tom também na noite de hoje, mas analistas esperam um discurso combativo, como os últimos dias de seu governo.

O discurso final é uma marca dos presidentes americanos desde 1796, quando George Washington iniciou a tradição. Obama, conhecido por ser um grande orador, deve fazer jus a ela.

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