Ataques: outas 65 pessoas ficaram feridas (Osman Orsal/Reuters)
AFP
Publicado em 1 de janeiro de 2017 às 17h25.
São Paulo - Trinta e nove pessoas morreram e 65 ficaram feridas em um ataque "terrorista" contra a badalada boate Reina, em Istambul, onde centenas de pessoas festejavam a chegada do Ano Novo na noite de sábado.
A seguir, tudo o que se sabe sobre o ataque, o mais recente a sacudir Istambul.
À 01h25 de domingo (20h15 de sábado, hora de Brasília), uma pessoa armada com um fuzil apareceu diante da boate Reina, no coração de Istambul, e abriu fogo contra as pessoas que estavam na entrada, segundo o governador do Istambul, Vasip Sahin.
Depois de entrar na boate, o atirador disparou aleatoriamente contra a multidão.
Trinta e nove pessoas morreram no ataque, enquanto outras 65 ficaram feridas e eram tratadas no hospital, disse o ministro do Interior, Süleyman Soylu. Foram identificados 20 mortos, 15 dos quais eram estrangeiros e 5, turcos.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildrim, disse que o agressor, aproveitando-se do caos na boate, conseguiu fugir.
Yildrim também qualificou como "infundadas" as informações da imprensa de que o autor do massacre estaria fantasiado de Papai Noel e acrescentou que ele havia deixado a arma no local.
Algumas testemunhas disseram ter ouvido o agressor falando em árabe, mas as autoridades não confirmaram esta versão por enquanto.
De acordo com o canal de notícias NTV, várias pessoas mergulharam nas águas geladas do estreito de Bósforo para escapar do tiroteio.
A boate Reina é uma emblemática casa noturna de Istambul, localizada em Ortaköy, um bairro do distrito de Besiktas, no lado europeu da cidade.
De acordo com a agência de notícias turca Dogan, ao menos 700 pessoas se reuniam na discoteca para comemorar a chegada do Ano Novo.
A boate Reina é um lugar exclusivo, de difícil acesso, e está situada a poucas centenas de metros do espaço onde ocorriam as celebrações oficiais do Ano Novo, às margens do Bósforo.
O ataque ainda não foi reivindicado, mas a Turquia sofreu muitos atentados atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) ou vinculados à rebelião separatista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que atingiram principalmente Istambul e Ancara.
Depois de um ano de 2016 sangrento, as autoridades turcas haviam anunciado a mobilização de 17.000 policiais na metrópole por ocasião das celebrações do Ano Novo.
Integrante da coalizão internacional que combate o grupo EI na Síria e no Iraque, a Turquia iniciou em agosto uma ofensiva no norte da Síria para repelir os extremistas e empurrá-los para o sul, mas também contra as milícias curdas sírias.
Rebeldes sírios apoiados pelo exército turco cercam há várias semanas a cidade de Al Bab, um reduto do EI no norte da Síria.
Em resposta a estas operações militares, o grupo EI ameaçou em várias ocasiões atacar a Turquia, que se tornou um dos principais alvos dos extremistas.