Mundo

Nutricionista come ração de cachorro contra má alimentação nos EUA

Durante o mês de janeiro, Mike Konowalski vai relatar as experiências com a alimentação em um blog

Segundo o nutricionista Mike Konowalski, cachorros comem melhor do que humanos (Getty Images)

Segundo o nutricionista Mike Konowalski, cachorros comem melhor do que humanos (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 13h29.

Washington - Um conselheiro em nutrição dos Estados Unidos, Mike Konowalski, começou uma dieta a base de comida de cachorro, que manterá durante todo o mês de janeiro, para denunciar a má alimentação dos americanos.

"Acho que a comida de cachorro que estou comendo agora é mais saudável do que a alimentação que tive no ano passado", explicou Konowalski, de 32 e pai de dois filhos, em uma entrevista a um canal de televisão dos EUA.

Konowalski, morador de Las Vegas, havia realizado, anteriormente, uma dieta que consistia unicamente em comer todo tipo de fast-food sem se preocupar, de modo algum, com seus ingredientes.

O nutricionista, de origem polonesa, mantém um blog no qual documenta sua evolução desde que começou a dieta canina e pretende realizar um documentário sobre o tema intitulado "The Choice Project".

"Para ilustrar meu argumento e mostrar o que ocorre com o corpo e a mente humana (com este tipo de dieta), decidi servir como exemplo com a esperança de motivar as pessoas a mudarem seus hábitos de uma vez por todas", explica em seu blog.

Em uma das entradas do blog, na qual Konowalski aparece em uma foto com seu cachorro, da raça boxer, leva o título: "Meu cachorro come melhor do que eu".

Os médicos advertiram Konowalski de que sua dieta poderia ocasionar problemas intestinais, mas descartam que possam surgir transtornos graves a longo prazo.

O menu do nutricionista consiste, exclusivamente, em bolachas e comida enlatada para cachorros.


Além disso, Konowalski tenta convencer o público de que não existem métodos mágicos para perder peso e que a solução passa por uma mudança de estilo de vida.

"Os que riem de mim deveriam olhar para si mesmos e ver que eles são o que comem diariamente", afirmou após assinalar que perdeu em torno de 5% de sua gordura corporal desde o começo da dieta.

Konowalski reconheceu que no início sofreu para comer a comida para cachorros, mas disse que se tratava de "barreiras mentais" e anunciou que, provavelmente, estenda a dieta além dos 30 dias previstos em um primeiro momento.

O nutricionista rejeita os paralelismos com o documentário "Super Size Me - A Dieta do Palhaço" (2004), no qual o autor, Morgan Spurlock, passa um mês comendo alimentos da rede de fast-food McDonald's para mostrar seus efeitos sobre o corpo humano.

De acordo com Konowalski, "Super Size Me" erra ao culpar terceiros por nossos hábitos alimentares.

"Nossa alimentação é uma coisa pessoal, e normalmente não escolhemos as comidas mais saudáveis", acrescentou.

A obesidade se transformou em um problema de saúde pública nos EUA, onde recentemente foi informado que o número de estados com mais de 30% de pessoas obesas triplicou em dois anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O estudo revela aumento de 1,1% da população adulta obesa nos Estados Unidos (o que equivale a 2,4 milhões de pessoas) entre 2007 e 2009.

De acordo a CDC, a despesa médica de uma pessoa obesa é de US$ 1,429 mil a mais ao ano do que a de uma pessoa com peso normal.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosEstados Unidos (EUA)Países ricosPolítica no BrasilProtestosTrigo

Mais de Mundo

Eleições na Venezuela: campanha de Maduro é onipresente, com drones, filme e horas na TV

Trump critica democratas durante encontro com Netanyahu na Flórida

Milei diz que a Argentina apoia o povo venezuelano em sua 'luta pela liberdade'

Venezuela fecha fronteiras terrestres e barra entrada de avião com ex-presidentes do Panamá e México

Mais na Exame