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Número de pedidos de patentes cresce 4,8% em 2010; China lidera

Ásia é a região em que os pedidos mais crescem no mundo, mas EUA ainda lideram; especialista considera que o Brasil ainda deve demorar para aumentar seus pedidos

China: país teve quase 30 vezes mais pedidos de patentes que o Brasil (Wikimedia Commons)

China: país teve quase 30 vezes mais pedidos de patentes que o Brasil (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 14h03.

Genebra - O número de patentes internacionais apresentadas na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) aumentou em 2010 4,8% com relação ao ano anterior, um crescimento que foi liderado pela China, com 56,2%.

As estatísticas provisórias com as quais a OMPI conta apontam que em 2010 foram apresentadas 162.900 solicitações internacionais de patentes, frente às 155.398 de 2009.

"O aumento de 4,8% das solicitações demonstra que houve uma recuperação do sistema internacional de patentes após a crise econômica", avaliou nesta quarta-feira em entrevista coletiva o diretor-geral da OMPI, Francis Gurry.

Gurry destacou "a enorme mudança geográfica" que o sistema de patentes está vivendo, que seria a causa do "meteórico aumento" das solicitações da Ásia.

Em seguida ao "espetacular" crescimento da China, está o da Coreia do Sul, com aumento de 20,5%, e do Japão, com 7,9%.

Além disso, seis das dez empresas que apresentaram mais solicitações de patentes são desses países: três do Japão, dois da China e uma da Coreia.

Na lista de números absolutos dos pedidos, a China se encontra no quarto lugar (12.337); Japão no segundo (32.156); e Coreia no quinto (9.686).

Em contrapartida, o país que mais solicitações apresentou, os Estados Unidos, com 44.855, reduziu o número de pedidos em 1,7% com relação a 2009.

Consultado sobre o número de solicitações apresentadas por países latino-americanos com economias emergentes, como o Brasil (442 pedidos) e o México (144), Gurry respondeu: "O crescimento tecnológico é um processo de longo prazo. É necessário investir em educação, em pesquisa e desenvolvimento, é algo que não se pode improvisar, mas planejar".

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