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Número de mortos em tremor no México chega a 230

Agentes de resgate seguiam trabalhando freneticamente para retirar uma menina dos escombros de uma escola na Cidade do México

Terremoto: o país ainda se recupera de um forte terremoto que matou quase 100 pessoas no sul do país menos de duas semanas atrás (Henry Romero/Reuters)

Terremoto: o país ainda se recupera de um forte terremoto que matou quase 100 pessoas no sul do país menos de duas semanas atrás (Henry Romero/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de setembro de 2017 às 21h33.

Cidade do México - Agentes de resgate seguiam trabalhando freneticamente para retirar uma menina dos escombros de uma escola parcialmente desmoronada na Cidade do México nesta quarta-feira, oferecendo um pequeno vislumbre de esperança em meio à devastação de um grande terremoto que matou ao menos 230 pessoas.

A rede de televisão Televisa transmitiu a tentativa de resgate dramática ao vivo depois que socorristas presentes na escola situada no sul da cidade relataram ter encontrado a garota. Eles a viram mexer a mão e usaram uma mangueira para lhe enviar água 24 horas após o terremoto.

O nome da menina não foi revelado. Os agentes de resgate se moviam lentamente, montando andaimes improvisados de madeira para evitar que os restos da estrutura oscilante desabassem. Eles imploravam silêncio aos passantes para ouvir melhor os pedidos de socorro.

O esforço foi parte de uma busca por dezenas de vítimas que se teme estarem soterradas debaixo da escola Enrique Rebsamen, onde autoridades relataram a morte de 21 crianças e 4 adultos após o tremor de terça-feira. A escola foi uma de centenas de construções destruídas pelo pior sismo do país em uma geração.

O tremor de magnitude 7,1, que matou ao menos 93 pessoas só na capital, ocorreu exatamente 32 anos depois de um sismo que matou milhares em 1985. O México ainda se recupera de um forte terremoto que matou quase 100 pessoas no sul do país menos de duas semanas atrás.

Enquanto os esforços de resgate continuavam na escola para crianças de 3 a 14 anos de idade, equipes de emergência, voluntários e transeuntes se empenhavam em encontrar sobreviventes em outros locais usando cães, câmeras e equipamento de detecção de calor.

Reforços também começaram a chegar vindos de países como Panamá, Israel e Chile, relatou a mídia local.

Um dia após o abalo, centenas de moradores e agentes de socorro retiravam destroços das ruínas da escola com as próprias mãos sob as luzes de emergência. Três sobreviventes foram encontrados perto da meia-noite, quando equipes de voluntários conhecidos como "toupeiras" conseguiram escavar bem abaixo dos escombros.

Na manhã desta quarta-feira os socorristas disseram que um professor e dois alunos soterrados haviam enviado mensagens de celular. Os pais se aferram à esperança de que seus filhos estejam vivos.

De terça para quarta-feira voluntários munidos de megafones gritaram os nomes dos alunos resgatados para que os familiares à espera pudessem reencontrá-los.

"A prioridade continua sendo resgatar pessoas em edifícios desmoronados e cuidar dos feridos", disse o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. "Cada minuto conta".

Embora muitos continuem desaparecidos, 52 pessoas foram resgatadas até agora de edifícios danificados na Cidade do México, disse o prefeito Miguel Angel Mancera.

No Estado de Morelos, ao sul da capital, morreram 71 pessoas, com centenas de casas destruídas. O governador local declarou cinco dias de luto. Em Puebla, pelo menos 43 morreram e houve mortes em outros Estados vizinhos.

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