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Número de jihadistas estrangeiros dobrou na Síria e Iraque

Segundo o documento, entre 27 mil e 31 mil estrangeiros, de 86 países diferentes, teriam viajado à Síria e ao Iraque para se unir ao EI

Terrorista de Paris: empresa destacou que foi registrado um aumento importante de milicianos originais da Rússia e da Ásia Central (Reprodução/Dabiq)
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 09h53.

Beirute - O número de jihadistas estrangeiros na Síria e no Iraque duplicou em um ano e meio, e passou de 12 mil no território sírio para mais de 27 mil em ambos os países, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela empresa de consultoria de inteligência The Soufan Group.

Segundo o documento, entre 27 mil e 31 mil estrangeiros, de 86 países diferentes, teriam viajado à Síria e ao Iraque para se unir à organização jihadista Estado Islâmico (EI) e a outros grupos radicais.

Esse número é superior ao divulgada em junho de 2014 pela empresa, que à época calculava que 12 mil estrangeiros de 81 países combatiam no território sírio.

O país com mais cidadãos lutando na Síria e no Iraque é a Tunísia, com seis mil combatentes; seguida por Arábia Saudita, com 2,5 mil; Rússia, com 2,4 mil; Turquia, com 2,1 mil; e Jordânia, com dois mil.

A empresa destacou que foi registrado um aumento importante de milicianos originais da Rússia e da Ásia Central desde junho de 2014, já que, segundo suas estimativas, seu número pode ter aumentado em 300%.

O texto acrescentou que o fluxo de jihadistas procedentes União Europeia (UE) também aumentou até passar de 2,5 mil indivíduos desde junho de 2014 para cerca de cinco mil, que viajaram à Síria.

O relatório ressalta que, até outubro, cerca de 1,8 mil pessoas se transferiram da França ao território sírio para participar dos combates: 760 do Reino Unido e 760 da Alemanha, até novembro; e 470 da Bélgica, até dois meses atrás.

Com base nestes números, 3,7 mil dos cinco mil combatentes procedentes da UE viajaram desses quatro países. Por outro lado, o fluxo de jihadistas procedentes do continente americano se manteve relativamente estável e é inferior ao de outras regiões.

Segundo dados do diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, citados pela empresa de consultoria, 250 americanos viajaram à Síria ou tentaram até setembro, e apenas 150 conseguiram.

Há dois meses, as autoridades canadenses revelaram que, de acordo com seus cálculos, pode haver 130 cidadãos dos EUA deste país na Síria.

O documento acrescentou que há informações de que pode haver combatentes de países latino-americanos, como Brasil e Argentina, mas que seu número é muito baixo.

A consultoria alertou que a média de jihadistas que retornam a seus lugares de origem após viajar à Síria e ao Iraque agora oscila de 20% a 30%, o que, na sua opinião, representa um grande desafio para os organismos de segurança.

Nesse sentido, considerou que estes dados "provam que os esforços para conter o fluxo de recrutamento estrangeiro rumo a grupos extremistas na Síria e no Iraque tiveram um impacto limitado".

Segundo a empresa, este documento foi elaborado com dados recopilados de estatísticas oficiais de diferentes governos, relatórios da ONU e estudos de centros de investigação e fontes acadêmicas.

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Beirute - O número de jihadistas estrangeiros na Síria e no Iraque duplicou em um ano e meio, e passou de 12 mil no território sírio para mais de 27 mil em ambos os países, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela empresa de consultoria de inteligência The Soufan Group.

Segundo o documento, entre 27 mil e 31 mil estrangeiros, de 86 países diferentes, teriam viajado à Síria e ao Iraque para se unir à organização jihadista Estado Islâmico (EI) e a outros grupos radicais.

Esse número é superior ao divulgada em junho de 2014 pela empresa, que à época calculava que 12 mil estrangeiros de 81 países combatiam no território sírio.

O país com mais cidadãos lutando na Síria e no Iraque é a Tunísia, com seis mil combatentes; seguida por Arábia Saudita, com 2,5 mil; Rússia, com 2,4 mil; Turquia, com 2,1 mil; e Jordânia, com dois mil.

A empresa destacou que foi registrado um aumento importante de milicianos originais da Rússia e da Ásia Central desde junho de 2014, já que, segundo suas estimativas, seu número pode ter aumentado em 300%.

O texto acrescentou que o fluxo de jihadistas procedentes União Europeia (UE) também aumentou até passar de 2,5 mil indivíduos desde junho de 2014 para cerca de cinco mil, que viajaram à Síria.

O relatório ressalta que, até outubro, cerca de 1,8 mil pessoas se transferiram da França ao território sírio para participar dos combates: 760 do Reino Unido e 760 da Alemanha, até novembro; e 470 da Bélgica, até dois meses atrás.

Com base nestes números, 3,7 mil dos cinco mil combatentes procedentes da UE viajaram desses quatro países. Por outro lado, o fluxo de jihadistas procedentes do continente americano se manteve relativamente estável e é inferior ao de outras regiões.

Segundo dados do diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, citados pela empresa de consultoria, 250 americanos viajaram à Síria ou tentaram até setembro, e apenas 150 conseguiram.

Há dois meses, as autoridades canadenses revelaram que, de acordo com seus cálculos, pode haver 130 cidadãos dos EUA deste país na Síria.

O documento acrescentou que há informações de que pode haver combatentes de países latino-americanos, como Brasil e Argentina, mas que seu número é muito baixo.

A consultoria alertou que a média de jihadistas que retornam a seus lugares de origem após viajar à Síria e ao Iraque agora oscila de 20% a 30%, o que, na sua opinião, representa um grande desafio para os organismos de segurança.

Nesse sentido, considerou que estes dados "provam que os esforços para conter o fluxo de recrutamento estrangeiro rumo a grupos extremistas na Síria e no Iraque tiveram um impacto limitado".

Segundo a empresa, este documento foi elaborado com dados recopilados de estatísticas oficiais de diferentes governos, relatórios da ONU e estudos de centros de investigação e fontes acadêmicas.

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