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Obama defende reforma em leis de imigração

Segundo as últimas estimativas do Departamento de Segurança Interior (DHS), cerca de 11,5 milhões de imigrantes não autorizados viviam nos Estados Unidos em 2011


	O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: sob a presidência de Obama, foram alcançados números inéditos em deportações de ilegais.
 (REUTERS/Jim Bourg)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: sob a presidência de Obama, foram alcançados números inéditos em deportações de ilegais. (REUTERS/Jim Bourg)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 15h40.

Washington - O presidente Barack Obama defende nesta terça-feira sua proposta de reforma migratória, um dia após um grupo de senadores apresentar uma própria, mas ambas concordam em abrir caminho para formalizar os 11,5 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

Segundo as últimas estimativas do Departamento de Segurança Interior (DHS), cerca de 11,5 milhões de imigrantes não autorizados viviam nos Estados Unidos em 2011.

O pico de população ilegal foi registrado em 2007, com cerca de 11,8 milhões. Em 2000, 8,5 milhões de pessoas sem documentos viviam no país, que atualmente tem uma população de quase 310 milhões de pessoas.

Quase 85% dos imigrantes ilegais são provenientes do México e da América Central. Do total de pessoas sem documentos, dois terços são mexicanos (59%, 6,8 milhões), seguidos de salvadorenhos (6%, 660 mil), guatemaltecos (5%, 520 mil) e hondurenhos (3%, 380 mil).

Os imigrantes ilegais da América Latina nos Estados Unidos chegam a 800 mil.

Segundo as autoridades, cerca de 40% dos imigrantes ilegais entraram de forma legal com um visto que posteriormente expirou.

A população imigrante com residência legal em 2011 chegou a 13,1 milhões de pessoas, 8,5 milhões delas com possibilidade de obter a cidadania, segundo o DHS. A cada ano, cerca de 1 milhão de pessoas obtém a residência legal.

Sob a presidência de Obama, foram alcançados números inéditos em deportações de ilegais, até chegar a 409.849 indivíduos no ano fiscal de 2012, que culminou em setembro passado. Deles, 55% tinham antecedentes criminais, segundo a agência de Imigração e Alfândegas (ICE).


Mas ao mesmo tempo, o governo de Obama tomou medidas que beneficiaram as pessoas sem documentos, como adiar as deportações de jovens que estudam ou se alistam no Exército, o que poderia beneficiar entre 1,4 e 1,7 milhão de pessoas, segundo números de centros de estudos demográficos.

Além disso, o governo iniciou a revisão de 300 mil casos de deportação abertos para se centrar na expulsão de criminosos e encerrar administrativamente os casos menos prioritários.

A partir de março, o governo reduzirá o tempo de espera de ilegais casados com um/uma americana e com filhos neste país, que devem permanecer no exterior até um ano à espera de uma reunião em um consulado americano para voltar a entrar legalmente.

Enquanto isso, a segurança na fronteira com o México foi reforçada, chegando a 21 mil agentes da Patrulha Fronteiriça que vigiam junto com 300 soldados da Guarda Nacional, ao mesmo tempo em que mobilizou mais tecnologia na região, incluindo uma dezena de drones.

A Patrulha Fronteiriça assegura que a prisão de imigrantes que tentam cruzar a fronteira caiu para mínimos históricos, de menos de 400 mil ao ano, depois de ter superado o 1,5 milhão no fim da década de 1990 e início de 2000.

Enquanto isso, o fluxo migratório líquido do México aos Estados Unidos caiu a zero e inclusive pode alcançar um número negativo, pela crise econômica americana que levou imigrantes a retornarem aos seus países, segundo o centro de análises Pew Hispanic.

O Departamento de Estado concedeu cerca de 55 mil vistos para trabalhadores agrícolas temporários no ano fiscal de 2011, dentro de um programa criticado pelos produtores, que dizem que não lhes fornece mão-de-obra suficiente.

Além disso, atualmente existe uma quota máxima de 66 mil vistos para trabalhadores temporários não agrícolas.

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