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Número de feridos a tiros cai durante convenções da NRA

O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, não prova, no entanto, a existência de uma relação direta de causa e efeito entre os dois fenômenos

NRA: estudo se baseou em 76 milhões de declarações de seguros (Joshua Roberts/Reuters)

NRA: estudo se baseou em 76 milhões de declarações de seguros (Joshua Roberts/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 21h19.

O percentual de feridos a bala diminui 20% durante as convenções anuais do poderoso lobby das armas nos Estados Unidos, a Associação Nacional do Rifle (NRA), concluíram especialistas nesta quarta-feira (28).

O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, não prova, no entanto, a existência de uma relação direta de causa e efeito entre os dois fenômenos, tratando-se de uma observação empírica.

Segundo a hipótese dos pesquisadores, esta queda se deve ao curto período no qual as pessoas se abstêm de usar armas durante estas convenções.

O estudo se baseou em 76 milhões de declarações de seguros, entregues em hospitalizações por ferimentos a tiros entre 2007 e 2015.

Mais de 80.000 pessoas de todo o país vão às convenções da NRA todo ano. Segundo um estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, houve mais de 65.000 feridos a tiros intencionais nos Estados Unidos em 2014 e 16.000 acidentais.

"Menos gente utilizando armas significa menos ferimentos a tiros, o que realmente não deve surpreender", explicou o doutor Anupam Jena, professor adjunto da faculdade de medicina da Universidade de Harvard (Massachusetts) e principal autor do estudo.

"A ausência de feridos durante estas convenções multitudinárias, às quais vão milhares de proprietários de armas, parecem contradizer a crença de que estes feridos são apenas vítimas da falta de experiência no manejo de armas", acrescentou.

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