Civis mortos no Afeganistão aumentam 7% de 2012 para 2013
O total de vítimas civis pelo conflito armado, 8.615, representou um aumento de 14 % com relação a 2012, quando houve uma diminuição
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2014 às 10h32.
Cabul - A guerra do Afeganistão se intensificou para os civis em 2013, quando causou a morte de 2.959 deles e deixou 5.656 feridos, um aumento respectivamente de 7% e de 17% em comparação com o ano anterior, anunciou neste sábado um relatório das Nações Unidas.
O total de vítimas civis pelo conflito armado, 8.615, representou um aumento de 14 % com relação a 2012, quando houve uma diminuição, segundo o relatório anual sobre a proteção de civis elaborado pela Missão da ONU no Afeganistão (Unama).
"A escalada no número de civis mortos e feridos em 2013 reverte o descenso registrado em 2012 e é congruente com o número recorde de civis mortos e feridos documentados em 2011", relata o documento.
Em 2011, foram registradas 7.837 vítimas civis - 3.131 mortos e 4.706 feridos -, um número menor de afegãos afetados pela guerra que o total recorde registrado no ano que acaba de finalizar.
"O conflito armado representou um custo brutal para os civis afegãos em 2013", sentenciou o representante das Nações Unidas no Afeganistão, Jan Kubis.
Conforme o relatório da Unama, 2013 foi o pior ano para as mulheres e as crianças desde 2009. Em 2013, foi registrado um total de 235 mulheres mortas e 511 feridas, 36% a mais que em 2012, enquanto o número de crianças mortas foi de 561, e feridas, 1.195, um aumento de 34% em comparação ao ano anterior.
A ONU relacionou 74 % das vítimas civis à atividade insurgente no país, 8% aos militares afegãos, 3% à Missão da Otan no Afeganistão (Isaf) e 10% por batalhas entre os talibãs e as forças pró-governo. Os 5% restantes não foram atribuídos a uma organização e se deveu principalmente a explosivos abandonados.
Os artefatos explosivos improvisados (IED, em sua sigla em inglês) colocados pelos insurgentes foram a principal causa das vítimas civis, 34% - 962 mortos e 1.928 feridos -, e representaram uma alta de 14% em comparação com 2012.
"É uma terrível realidade que a maioria de mulheres e crianças tenham sido assassinadas e feridas em sua vida diária, de caminho à escola, brincando no campo ou viajando para um evento social", disse a diretora de direitos humanos da Unama, Georgette Gagnon.
De acordo com a Missão, os crescentes enfrentamentos entre as forças estatais e os insurgentes causam cada vez um maior número de mortes, o que indica uma nova tendência.
O relatório da Unama revelou que a Isaf causou a morte de 147 civis e deixou 114 feridos. Na maioria dos casos, as baixas foram provocadas por ataques aéreos, que causaram 64 feridos e 118 mortes.
Os ataques aéreos das forças da Otan são especialmente controversos, e o Governo afegão proibiu seu uso em áreas próximas a áreas habitadas.
As tropas de combate da Otan estão em pleno processo de retirada do Afeganistão e transferirem gradualmente a obrigação da segurança à polícia e ao exército do país asiático.
A retirada terminará em dezembro, caso sejam cumpridos os prazos previstos, mas a comunidade internacional cogita manter certa presença militar em solo afegão além dessa data. EFE
Cabul - A guerra do Afeganistão se intensificou para os civis em 2013, quando causou a morte de 2.959 deles e deixou 5.656 feridos, um aumento respectivamente de 7% e de 17% em comparação com o ano anterior, anunciou neste sábado um relatório das Nações Unidas.
O total de vítimas civis pelo conflito armado, 8.615, representou um aumento de 14 % com relação a 2012, quando houve uma diminuição, segundo o relatório anual sobre a proteção de civis elaborado pela Missão da ONU no Afeganistão (Unama).
"A escalada no número de civis mortos e feridos em 2013 reverte o descenso registrado em 2012 e é congruente com o número recorde de civis mortos e feridos documentados em 2011", relata o documento.
Em 2011, foram registradas 7.837 vítimas civis - 3.131 mortos e 4.706 feridos -, um número menor de afegãos afetados pela guerra que o total recorde registrado no ano que acaba de finalizar.
"O conflito armado representou um custo brutal para os civis afegãos em 2013", sentenciou o representante das Nações Unidas no Afeganistão, Jan Kubis.
Conforme o relatório da Unama, 2013 foi o pior ano para as mulheres e as crianças desde 2009. Em 2013, foi registrado um total de 235 mulheres mortas e 511 feridas, 36% a mais que em 2012, enquanto o número de crianças mortas foi de 561, e feridas, 1.195, um aumento de 34% em comparação ao ano anterior.
A ONU relacionou 74 % das vítimas civis à atividade insurgente no país, 8% aos militares afegãos, 3% à Missão da Otan no Afeganistão (Isaf) e 10% por batalhas entre os talibãs e as forças pró-governo. Os 5% restantes não foram atribuídos a uma organização e se deveu principalmente a explosivos abandonados.
Os artefatos explosivos improvisados (IED, em sua sigla em inglês) colocados pelos insurgentes foram a principal causa das vítimas civis, 34% - 962 mortos e 1.928 feridos -, e representaram uma alta de 14% em comparação com 2012.
"É uma terrível realidade que a maioria de mulheres e crianças tenham sido assassinadas e feridas em sua vida diária, de caminho à escola, brincando no campo ou viajando para um evento social", disse a diretora de direitos humanos da Unama, Georgette Gagnon.
De acordo com a Missão, os crescentes enfrentamentos entre as forças estatais e os insurgentes causam cada vez um maior número de mortes, o que indica uma nova tendência.
O relatório da Unama revelou que a Isaf causou a morte de 147 civis e deixou 114 feridos. Na maioria dos casos, as baixas foram provocadas por ataques aéreos, que causaram 64 feridos e 118 mortes.
Os ataques aéreos das forças da Otan são especialmente controversos, e o Governo afegão proibiu seu uso em áreas próximas a áreas habitadas.
As tropas de combate da Otan estão em pleno processo de retirada do Afeganistão e transferirem gradualmente a obrigação da segurança à polícia e ao exército do país asiático.
A retirada terminará em dezembro, caso sejam cumpridos os prazos previstos, mas a comunidade internacional cogita manter certa presença militar em solo afegão além dessa data. EFE