Parlamento: britânicos aguardam definição sobre próximo primeiro-ministro em meio à expectativa do Brexit (Toby Melville/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de junho de 2019 às 11h45.
Última atualização em 25 de junho de 2019 às 12h03.
São Paulo — O Reino Unido vai anunciar seu novo primeiro-ministro, que sucederá Theresa May, no dia 23 de julho, segundo o Partido Conservador do país, citado pela mídia britânica.
Após uma série de rodadas de votação, a disputa pelo cargo se resume agora ao ex-prefeito de Londres Boris Johnson e ao ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt.
Johnson, que é considerado favorito, defende que o Reino Unido saia da União Europeia "com ou sem acordo" até o prazo final de 31 de outubro.
Entre si, os dois se diferenciam em uma questão fundamental para o Reino Unido, que é saída da União Europeia com ou sem acordo em 31 de outubro. Confira as estratégias de cada aspirante ao cargo:
Ex-ministro das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres, “Bojo”, de 54 anos, foi um dos grandes artífices da vitória do Brexit no referendo de 2016. Quer que o país saia da UE no dia 31 de outubro com ou sem acordo.
Criticou firmemente a estratégia de May na negociação com Bruxelas e acabou deixando a Chancelaria em julho para se tornar feroz rival da primeira-ministra. Carismático e hábil politicamente, é o favorito dos militantes de base.
Recentemente, seu nome também está associado a um possível caso de violência doméstica. A polícia foi chamada para o endereço no sul de Londres onde Johnson está vivendo com a namorada Carrie Symonds nas primeiras horas da manhã de da última sexta-feira (21), depois que vizinhos ouviram uma discussão em voz alta. Boris Johnson, está atualmente se divorciando de sua segunda esposa. Todos os moradores do endereço foram ouvidos e estão seguros e bem, disse a polícia, em comunicado.
Apoiadores de Johnson afirmam que a decisão de um vizinho de enviar uma gravação da discussão para o jornal Guardian teve motivações políticas. O vizinho Tom Penn, de 29 anos, disse em um comunicado que chamou a polícia porque estava “assustado e preocupado com o bem-estar dos envolvidos”.
O ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, de 52 anos, defendeu a permanência na UE em 2016, antes de mudar de opinião decepcionado pela atitude “arrogante” de Bruxelas nas negociações
Este ex-empresário que fala fluentemente japonês considera que buscar uma saída sem acordo da UE em outubro seria “um suicídio político” para os conservadores no poder.