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Novo medicamento dá esperanças sobre doença de Huntington

Pesquisadora destaca que a habilidade do medicamento de atacar a causa básica da doença é "pioneira"

Pesquisas: Huntington é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta capacidades mentais e o controle físico (foto/AFP)

Pesquisas: Huntington é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta capacidades mentais e o controle físico (foto/AFP)

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Reuters

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 14h46.

Londres - Cientistas consertaram pela primeira vez um defeito em uma proteína que causa a doença de Huntington ao injetar um medicamento da Ionis Pharmaceuticals na coluna, oferecendo novas esperanças para pacientes com a devastadora doença genética.

O sucesso em testes clínicos iniciais levou a Rochea exercer sua opção de licenciar o produto, chamado IONIS-HTT(Rx), com o custo de 45 milhões de dólares.

A pesquisadora líder Sarah Tabrizi, professora de neurologia clínica da University College London, disse que a habilidade do medicamento de atacar a causa básica da doença de Huntington ao reduzir os níveis de proteína tóxica é "pioneira".

"A chave agora é passar rapidamente para um teste maior para avaliar se o IONIS-HTT(Rx) desacelera a progressão da doença", disse ela, em comunicado nesta segunda-feira.

No entanto, especialistas alertaram que os resultados ainda são iniciais e que a capacidade do novo medicamento em melhorar os resultados clínicos de pacientes ainda precisava ser demonstrada.

"A questão é se isso é suficiente para fazer a diferença para os pacientes e sua trajetória clínica e para isso teremos que aguardar testes maiores", disse Roger Barker, da Universidade de Cambridge, que também esteve envolvido na pesquisa.

Huntington é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta capacidades mentais e o controle físico. Normalmente, a doença afeta pacientes entre 30 e 50 anos e continua se agravando por um período de 10 a 25 anos.

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