Nova York quer proibir remoção das unhas dos gatos
"É uma amputação, causa dor e sofrimento, tudo porque os donos se preocupam mais com os móveis do que com o gato", disse a legisladora que promoveu a lei
EFE
Publicado em 5 de junho de 2019 às 20h03.
Última atualização em 5 de junho de 2019 às 21h47.
Nova York — Nova York está a caminho de se tornar o primeiro estado dos Estados Unidos a proibir a remoção das unhas dos gatos, uma prática já vetada em vários países devido à dor e aos problemas que causa nos animais.
A câmara estadual aprovou a medida na terça-feira, e agora a norma está nas mãos do governador Andrew Cuomo, que deve sancioná-la para que entre em vigor.
A nova lei proíbe a remoção das unhas, conhecida tecnicamente como onicotomia, com a exceção de casos em que for considerada uma necessidade médica.
Desta forma, não seriam permitidas as operações por motivos cosméticos e para evitar danos nos móveis, um dos motivos mais frequentes que os donos de animais de estimação usam para tirar as unhas de seus gatos.
"É uma amputação, causa dor e sofrimento, tudo porque os donos se preocupam mais com seus móveis do que com seu gato", disse a legisladora Linda Rosenthal, que promoveu a lei.
Rosenthal já tinha apresentado o projeto em 2015 e agora conseguiu sua aprovação nas duas câmaras legislativas do estado.
Por outro lado, grupos profissionais como a Sociedade Veterinária de Nova York se pronunciaram contra a nova lei, argumentando que a prática deve ser uma opção disponível quando a alternativa é o abandono ou a eutanásia, principalmente quando há alguma pessoa na família com problemas de saúde a quem os arranhões podem colocar em perigo.
"Estes donos de gatos não deveriam ser forçados a abandonar ou a submeter à eutanásia seu animal de estimação porque a opção de remover as unhas dos gatos não está disponível", defendeu a organização em comunicado divulgado em maio.