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Nova vacina da China se mostra 82% eficaz contra casos graves de covid-19

No estágio final dos testes clínicos, a vacina ZF2001 mostrou eficácia de 92,93% contra a variante alfa e de quase 78% contra a delta

 (Stephane Mahe/Reuters)

(Stephane Mahe/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 27 de agosto de 2021 às 21h22.

Uma vacina da chinesa Chongqing Zhifei Biological Products demonstrou 82% de eficácia contra casos graves da Covid-19, reforçando a campanha do país para imunizar sua gigantesca população.

No estágio final dos testes clínicos, a vacina ZF2001 mostrou eficácia de 92,93% contra a variante alfa e de quase 78% contra a delta, que é mais infecciosa, segundo documentação da empresa. A companhia não revelou se as taxas se referem apenas a casos graves ou a todas as infecções sintomáticas, incluindo casos leves.

Nenhuma das pessoas que recebeu a vacina precisou de tratamento médico crítico ou faleceu, afirmou o comunicado. Os resultados foram baseados em uma análise provisória de 221 infecções no estudo que envolveu 28.500 pessoas.

A vacina da Zhifei é a quinta desenvolvida na China e validada em um grande teste clínico realizado em locais que ainda enfrentam surtos. A vacina foi elaborada em parceria com o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências, o principal órgão de pesquisa científica do país. Sua eficácia contra a variante alfa parece ser uma das mais altas até o momento entre todas as vacinas da China contra a Covid-19.

A Zhifei iniciou a fase III dos testes, a etapa final antes da autorização, para uso experimental em dezembro no Uzbequistão e deu a largada a testes no Paquistão em fevereiro. A vacina também está sendo testada no Equador e Indonésia. A China aprovou o uso emergencial do imunizante em 10 de março e a vacina da Zhifei é agora uma das muitas que estão sendo distribuídas pelo país.

Sua tecnologia é semelhante à da Novavax, que tem 90% de eficácia contra Covid sintomática, mas em outro estudo se mostrou aparentemente bem menos eficaz contra a variante beta. As vacinas de tecnologia mRNA da Pfizer e da Moderna parecem resistir bem às variantes de modo geral, incluindo a delta, que foi identificada pela primeira vez na Índia e se espalhou para mais de 100 países.

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