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Nova Jersey dá alta a enfermeira de quarentena por ebola

Enfermeira que estava em quarentena em Nova Jersey por possível contágio de ebola recebeu alta

Temperatura de passageira é medida em aeroporto, como parte da luta contra o ebola (Kenzo Tribouillard/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h32.

Nova York - Uma enfermeira americana que se encontrava em quarentena obrigatória em Nova Jersey por possível contágio de ebola recebeu alta, informou o departamento de Saúde desse estado do leste americano.

"Depois de acusar negativo nos exames de ebola, no sábado, a paciente monitorada em isolamento felizmente não apresentou sintomas nas últimas 24 horas", assinala um comunicado da agência divulgado pelo governador Chris Christie.

Depois da avaliação pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, a paciente recebeu alta, acrescentou.

Kaci Hickox protestou contra a decisão das autoridades de Nova Jersey de colocá-la em quarentena, denunciando que a fizeram se sentir como uma criminosa ao isolá-la em uma tenda sem qualquer informação.

Ela desembarcou no aeroporto internacional Liberty, de Newark, após trabalhar para a organização Médicos sem Fronteira em Serra Leoa, um dos países mais afetados pela epidemia de ebola.

A enfermeira denunciou que seu calvário começou com a exaustiva viagem de dois dias entre Serra Leoa e os Estados Unidos.

Então, no setor de quarentena do aeroporto, na imigração, "um homem, que deveria ser um oficial de imigração porque usava um coldre que pude ver saltando do macacão branco, disparou perguntas como se eu fosse uma criminosa", contou Hickox.

Apesar de se sentir "exausta, com fome e confusa", Hickox relatou ter tentado manter a calma durante as três horas em que permaneceu no local.

"Ninguém parecia estar no comando. Ninguém me dizia o que estava acontecendo ou o que iria acontecer comigo", acrescentou. "Eu me perguntava o que fiz de errado".

O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
  • 2. Mohammed Wah, 23

    2 /15(John Moore/Getty Images)

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    O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
  • 3. Varney Taylor, 26

    3 /15(John Moore/Getty Images)

  • Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
  • 4. Benetha Coleman, 24

    4 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
  • 5. Victoria Masah, 28

    5 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
  • 6. Eric Forkpa, 23

    6 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
  • 7. Emanuel Jolo, 19

    7 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
  • 8. James Mulbah, 2

    8 /15(John Moore/Getty Images)

    O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
  • 9. John Massani, 27

    9 /15(John Moore/Getty Images)

    Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
  • 10. Mohammed Bah, 39

    10 /15(John Moore/Getty Images)

    Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
  • 11. Vavila Godoa, 43

    11 /15(John Moore/Getty Images)

    O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
  • 12. Ami Subah, 39

    12 /15(John Moore/Getty Images)

    Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
  • 13. Peters Roberts, 22

    13 /15(John Moore/Getty Images)

    O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
  • 14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34

    14 /15(John Moore/Getty Images)

    Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
  • 15. Moses Lansanah, 30

    15 /15(John Moore/Getty Images)

    O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.
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