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Nova greve geral contra cortes do governo paralisa Grécia

Maioria dos serviços públicos e do comércio do país estão paralisados; mais de 50 mil pessoas partciparam de passeata contra as medidas

Protesto contra austeridade grega: trabalhadores dizem não querer mais pagar pela crise (Milos Bicanski/Getty Images)

Protesto contra austeridade grega: trabalhadores dizem não querer mais pagar pela crise (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 20h29.

Atenas - Os serviços sanitários, a educação, o transporte e as repartições públicas na Grécia foram afetados nesta quarta-feira por uma nova greve geral por meio da qual os sindicatos majoritários denunciam a política de austeridade do Executivo.

Tanto o transporte por ferrovia quanto o trânsito de navios entre o continente e as ilhas foram interrompidos e cerca de 100 voos domésticos tiveram que ser suspensos devido à greve de quatro horas dos controladores aéreos.

Embora os voos internacionais não tenham sofrido cancelamentos até o momento, os horários foram alterados.

Tanto os hospitais como as farmácias estão atendendo apenas os casos de emergência, enquanto as escolas e universidades estão fechadas pelo protesto dos docentes em reivindicação por melhores salários.

Os jornalistas aderiram à greve em massa e o país vive nesta quarta-feira um autêntico "blecaute informativo" que se manterá até a madrugada da quinta-feira.

As lojas do centro de Atenas estão fechadas e o transporte público da capital não prestou serviço, com exceção do metrô, que permaneceu em atividade para facilitar a chegada dos manifestantes ao centro.

A grande adesão à greve dos funcionários também interrompeu o funcionamento das repartições públicas, tanto as vinculadas aos ministérios como às Prefeituras.

"Tivemos uma participação de 100% nas refinarias, navios, trens, construção e estaleiros, e de 90% em serviços como bancos, correios e empresas de abastecimento de água, eletricidade e telefonia", declarou à Agência Efe o presidente da Confederação Geral de Trabalhadores, Yannis Panagopoulos.

Para Vasilis Xenakis, da União de Funcionários Civis (Adedy), que representa cerca de 700 mil trabalhadores, foi "completamente satisfatória" a resposta dos gregos à convocação de greve.

"A mensagem do povo é clara: chega de medidas de austeridade. As pessoas não aguentam mais pagar a crise", declarou o sindicalista.

Aproximadamente 50 mil pessoas, segundo a Polícia, se reuniram em uma passeata de protesto que percorreu o centro de Atenas levando cartazes com mensagens como "Saiam os ladrões!", "Basta!" e "Nós não pagaremos a crise".

Durante a manifestação, foram registrados incidentes entre civis e policiais. Uma centena de participantes lançou coquetéis molotov contra os agentes, que reagiram com o uso de gás lacrimogêneo.

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