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Petrobras está barata demais para ignorar, diz Credit Suisse

Em relatório enviado a clientes, banco elevou a recomendação para os papéis, passando de “underweight” para “neutral” (manutenção)


	Posto da Petrobras: analistas do Credit haviam rebaixado as ações da Petrobras para “underperform” em dezembro
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Posto da Petrobras: analistas do Credit haviam rebaixado as ações da Petrobras para “underperform” em dezembro (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 17h59.

São Paulo - As ações da Petrobras apanharam tanto na bolsa nas últimas semanas que chegaram a um nível de preço “difícil de ignorar”, segundo os analistas do banco de investimentos Credit Suisse. Em relatório enviado a clientes, o banco elevou a recomendação para os papéis da estatal, passando de “underweight” (recomendação de venda) para “neutral” (manutenção).

Em dezembro, os analistas do Credit haviam rebaixado as ações da Petrobras para “underperform”, ou seja, recomendação de venda, com perspectiva de desempenho abaixo da média do mercado. À época, eles citaram inúmeras razões para a mudança, a maioria tendo a ver com a fraca política de paridade de preços dos combustíveis, que enfraquecia o balanço da companhia.

Ao mesmo tempo, a equipe de análise passou a avaliar qual seria a faixa de preço para as ações da Petrobras que justificasse um aumento de posição dos investidores. “Concluímos que a um preço entre R$ 12 e R$ 14, estar posicionado abaixo da média era um risco”, dizem os analistas Vinicius Canheu e Andre Sobreira.

Em janeiro, com as ações já nessa faixa de preço, os analistas emitiram um relatório recomendando aos investidores que aumentassem sua exposição aos papéis. Ontem, os papéis da Petrobras chegaram à faixa entre R$ 12 e R$ 13. “São níveis que, apesar das incertezas com relação à empresa, não conseguimos ignorar”, diz o relatório.

Por isso, os analistas elevaram a recomendação, mantendo o preço justo estimado de R$ 16 para as ações preferenciais (PN, com voto). Apesar de inúmeras incertezas macroeconômicas, que podem afetar o desempenho da Petrobras, o Credit afirma que não “há razões para manter a recomendação de venda”.

De acordo com o banco, o fato de a estatal ter recorrido, nessa semana, ao mercado de títulos privados para fazer uma captação bilionária pode ser positivo, à medida que reduz as chances de a empresa lançar mais ações no mercado, diluindo sua base de acionistas. “Ainda não vemos motivos para os investidores comprarem os papéis, mas as ações já estão baratas o bastante para justificar a manutenção.”

No pregão de hoje, por volta das 15h, os papéis PN da Petrobras tinham 1,83% de alta, chegando a R$ 13,35, e as ações ordinárias (ON, com voto) avançavam 1,44%, para R$ 12,66. O Índice Bovespa tinha 0,34% de alta, chegando a 45.852 pontos.

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