Armas de fogo: os tiroteios em Orlando reascenderam a discussão sobre as legislações de porte de armas no país (Getty Images / Joe Raedle)
Clara Cerioni
Publicado em 13 de junho de 2016 às 10h44.
São Paulo - Pela 13ª vez, em quase oito anos de governo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama foi a público para lamentar mais um massacre a tiros no país.
O último aconteceu no último domingo, em uma boate gay em Orlando, na Flórida, e matou 50 pessoas. Esse foi considerado o atentado a tiros mais mortal da história americana.
A tragédia, no entanto, reascendeu uma discussão recorrente e antiga nos EUA: a facilidade com que civis compram armas de fogo.
No começo desse ano, a companhia Data Viz, por meio de um mapeamento, comparou o número de Licenças Federais de Armas com algo que todo americano sabe que existe em abundância no país: a rede de cafés Starbucks.
O objetivo era quantificar e dar dimensão às mais de 67 mil licenças para vender armas nos Estados Unidos.
A conclusão a que o estudo chegou é que há 6 vendedores de armas de fogo para cada Starbucks no país. Isso significa que é seis vezes mais fácil comprar uma arma do que um café por lá.
Se colecionadores, importadores e fabricantes forem contados como vendedores, o total de licenças (138.659) fica superior ao número de escolas públicas do país (98.328).
Em uma reportagem publicada pelo blog CITYLAB, da revista Atlantic, Brian Beltz, um dos pesquisadores, fez algumas ressalvas sobre a análise. "Estamos comparando uma marca específica de cafés nos EUA. Talvez se usássemos todas as marcas, a comparação seria melhor. Com o Starbucks conseguimos, pelo menos, dar um senso de escala e traçar nos mapas”.
Veja como é o mapeamento em algumas cidades americanas.
Chicago
A cidade, que é uma das mais violentas do país, tem um controle rígido de porte de armas. A maioria dos crimes atribuídos a armas de fogo em Chicago são ilegais.