Mundo

5 serviços afetados com paralisação do governo dos EUA

Parece mentira, mas a superpotência norte-americana está com seu governo paralisado por desentendimentos no Congresso, que não aprovou um orçamento; entenda o caso e veja o que muda


	O Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos: é a primeira vez que o governo para em 17 anos.
 (Gary Cameron/Reuters)

O Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos: é a primeira vez que o governo para em 17 anos. (Gary Cameron/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 13h02.

São Paulo – Era para ser a maior herança do governo de Barack Obama, mas acabou se tornando fonte de conflitos no Congresso norte-americano. O Ato de Saúde Acessível, mais conhecido como Obamacare, tinha a ambição aumentar o acesso à saúde aos cidadãos dos Estados Unidos.

O Ato chegou ao Congresso como proposta da Casa Branca em 2009 e, desde então, vem sendo escrutinado pelos políticos norte-americanos. Em 2010, Obama suspirou aliviado depois de a proposta ter virado lei, após passar pelo Congresso e pelo Senado. Agora, porém, a discussão é sobre quanto do orçamento do país poderá ser dedicado ao Obamacare. E o debate não chegou a uma conclusão.

As casas representativas dos Estados Unidos não são hoje o que eram três anos atrás. Agora, o presidente democrata governa junto com um Legislativo dominado por republicanos. Mesmo a lei tendo passado pelas vias democráticas, há ainda um último recurso da oposição: barrar o planejamento do orçamento anual. Republicanos sugeriram que o debate fosse adiado e a lei posta em prática no ano que vem. Democratas não aceitaram essa proposta.

Por conta do embate, o Congresso não chegou a uma conclusão sobre o ano fiscal que começa hoje. Com isso, os Estados Unidos entram em algo como fechamento orçamentário, período em que, por causa do orçamento não ter sido aprovado, apenas serviços essenciais permanecem funcionando.  Nas últimas 17 vezes que algo do tipo aconteceu no país,  a paralisação não durou mais do que três dias.

Confira o que muda no dia a dia do governo e do cidadão americano, dentre os quais mais de 800 mil ficarão sem trabalhar, durante este período que acaba assim que o presidente assinar uma lei orçamentária.

1 O governo não emprestará dinheiro 

Pequenos negócios ou mesmo cidadãos comuns tentando pagar a hipoteca terão de esperar por um empréstimo do governo, segundo a CNN. Os trabalhadores que processam esses pedidos não estão entre os considerados essenciais para funcionamento do país e estarão em uma espécie de “licença”. Durante o último fechamento do governo, porém, os cheques para aposentados continuaram sendo enviados. Outros servidores essenciais? Os carteiros. Os norte-americanos vão continuar recebendo suas contas em casa.

2 Feriado não remunerado para servidores públicos

Para os servidores não considerados essenciais, o fechamento do governo é um feriado – sem remuneração. Os 800 mil funcionários paralisados entram em “licença”, quase um limbo empregatício sem horas de trabalho e salário. 

3 Atrações públicas serão fechadas

Quem não tiver trabalho para ir, também encontrará poucas opções de lazer abertas. Todos os museus, parques, zoológicos e aquários federais não abrem até que o governo assine a lei.

4 Até a NASA vai parar

Entre outras agências governamentais que dependem do orçamento do Congresso para funcionar, a NASA, agência espacial norte-americana, também parou desde meia noite desta segunda-feira. A única parte da agência que permanecerá em funcionamento será o controle da missão que está na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), para apoiar os astronautas em órbita atualmente. 

Já os serviços nacionais de previsão do tempo e o centro nacional de tornados continuam funcionando.

5 As ruas de Washington não terão coleta de lixo

Isso não vai acontecer no país inteiro, mas o orçamento de Washington é decidido pelo Congresso. Sem plano orçamentário, sem serviços básicos, o que inclui a coleta de lixo nas ruas da capital americana, segundo o Washington Post.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Orçamento federalPaíses ricos

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês