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Nos EUA, democratas vão apresentar petição que pode forçar votação no teto da dívida

O procedimento parlamentar seria uma alternativa para caso não seja possível chegar a um acordo em relação ao impasse; presidente da Câmara disse que há estrutura para negociar e Biden afirma estar otimista

Vista panorâmica da Câmara dos Deputados dos EUA  (Foto/Reuters)

Vista panorâmica da Câmara dos Deputados dos EUA (Foto/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de maio de 2023 às 13h28.

Última atualização em 17 de maio de 2023 às 13h30.

Os democratas pretendem apresentar nesta quarta-feira, 17, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, um pedido para forçar uma votação do teto da dívida, de acordo com o líder da minoria da Câmara, Hakeem Jeffries (Partido Democrata).

O procedimento parlamentar seria uma alternativa para caso não seja possível chegar a um acordo em relação ao impasse, disse Jeffries em uma carta endereçada aos colegas de partido, na qual pede para que todos assinem a favor da petição.

"Tenho esperança de que exista um caminho real para encontrar uma solução bipartidária aceitável que previna um default. No entanto, dada o prazo de 1º de junho e a urgência do momento, é importante que todas as opções legislativas sejam buscadas na hipótese de não se chegar a um acordo", escreveu.

Jeffries falou, em entrevista à CNBC na manhã desta quarta, que está otimista de que vai ser possível chegar a um meio-termo nas negociações do limite da dívida.

Biden se diz confiante por acordo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se disse nesta quarta-feira, 17, "confiante" de que chegará a um acordo com a oposição republicana para solucionar o impasse sobre o teto da dívida, com objetivo de evitar que o país entre em uma situação de default.

Em discurso antes de embarcar para viagem ao Japão, onde participará da cúpula do G7, o democrata garantiu que as negociações continuarão até que um entendimento seja alcançado.

Segundo ele, representantes do governo se reuniram na terça com negociadores apontados pelo presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, e devem voltar a se encontrar nesta quarta.

"Estarei em contato direto com minha equipe enquanto estiver no G7 e também com o presidente da Câmara, McCarthy", afirmou Biden. "Nunca demos calote na nossa dívida e nunca daremos", assegurou.

Ele explicou que todos os líderes do Congresso concordaram que o default não é uma opção possível. O chefe da Casa Branca demonstrou estar aberto a aceitar a demanda republicana de condicionar o aumento do teto a exigências mais rígidas de trabalho para beneficiários de alguns programas sociais, desde que não incluam os de saúde.

Questionado se pretende encontrar o presidente da China, Xi Jinping, Biden disse que não necessariamente em breve, mas em algum momento.

Presidente da Câmara dos EUA afirma que há estrutura para negociar teto

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, afirmou que agora há uma estrutura para negociar o impasse do teto da dívida norte-americana, após o presidente dos EUA, Joe Biden, mostrar disposição para isso.

McCarthy disse, em entrevista à CNBC, que desde fevereiro se mostrou disposto a fazer as negociações, mas que, à época, Biden "ignorou" e "não quis". "Agora, ele finalmente admitiu que vamos negociar, e temos uma estrutura para negociar. O problema é que o tempo é muito curto", comentou.

Perguntado sobre ter adotado um tom mais otimista após a reunião com Biden na terça-feira, o congressista republicano falou que o presidente ou um representante do governo deveria ter tratado do assunto diretamente com ele desde o princípio.

As reuniões anteriores, disse McCarthy, foram feitas com a equipe dos quatro líderes do Congresso. "O problema é que o presidente esperou 140 dias para chegar a essa conclusão", comentou.

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