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Norte do Chile se recupera após terremoto

Regiões do norte do Chile se recuperavam após o terremoto de terça, enquanto a presidente Michelle Bachelet redefinia as prioridades de seu programa de governo

Moradores de Iquique, no Chile, passaram a madrugada de 2 de abril fora de casa, após terremoto: danos causados ​​pelo terremoto ainda não foram quantificados (Juan Leonel/AFP)

Moradores de Iquique, no Chile, passaram a madrugada de 2 de abril fora de casa, após terremoto: danos causados ​​pelo terremoto ainda não foram quantificados (Juan Leonel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 14h50.

Iquique - As regiões do norte do Chile se recuperavam nesta sexta-feira, após o terremoto de terça-feira e as fortes réplicas, que forçaram a população a deixar a costa, enquanto a presidente, Michelle Bachelet, redefinia as prioridades de seu programa para os próximos meses.

Em Arica, mais de 90% do fornecimento de energia elétrica foi restabelecido, enquanto que na região de Tarapacá, especialmente na cidade de Alto Hospicio, a eletricidade voltou em menos da metade das casas, indicou o ministro da Energia, Maximum Pacheco.

A água, por sua vez, estava disponível para 80% das casas da cidade de Iquique e Alto Hospicio, as mais afetadas pelo terremoto, segundo a companhia Aguas del Altiplano.

Os danos causados ​​pelo terremoto ainda não foram quantificados, mas foram registradas cerca de 2.500 casas afetadas.

Segundo o general Miguel Alfonso, responsável pela área do desastre, a região tem retomado seu abastecimento, o que permite garantir a distribuição de alimentos e de combustível para os próximos 20 dias.

Por causa do medo e da incerteza, "a população recorreu a um consumo excessivo de produtos básicos, mas sem perturbar a ordem pública ou provocar um aumento de preços", disse Alfonso à Rádio Cooperativa.

O governo ameaçou com sanções aqueles que especularem com os preços dos produtos de primeira necessidade, e a Promotoria de Tarapacá informou que até o momento não houve detenções por este delito.

O terremoto de 8,2 graus na escala Richter sacudiu terça-feira o norte do Chile foi seguido por tremores secundários fortes, um de 7,6 graus, o que obrigou a evacuação da costa.

Várias famílias optaram por passar a noite fora de suas casas nas zonas de segurança por medo de novos tremores.


As autoridades explicaram que as pequenas cidades do interior dessas regiões desérticas foram as mais afetadas devido a precariedade de suas construções, e a prioridade para eles era a restauração de canais de irrigação para evitar a perda de suas colheitas.

Bachelet reordena agenda

A presidente Michelle Bachelet, que retornou quinta-feira à tarde para Santiago após passar dois dias visitando as áreas mais afetadas, reuniu-se nesta sexta-feira com seu gabinete para discutir a situação de emergência e coordenar os próximos passos.

A presidente, que três semanas depois de iniciar sua segunda presidência precisou enfrentar um grande terremoto que matou seis pessoas, assumiu que deverá definir seu ambicioso plano de ação para os primeiros meses de governo.

"Pode ser que em algumas áreas demore um pouco mais, porque teremos que dedicar mais esforço para estas tarefas (de reconstrução e reabilitação)", disse a presidente.

Bachelet se comprometeu em realizar 50 medidas nos primeiros 100 dias de sua administração, entre as quais duas já foram submetidas ao Congresso.

O terremoto e o alerta de tsunami na terça-feira testou o governo recém-instalado de Bachelet.

Sua reação e firmeza contrastaram fortemente com a lentidão e indecisão mostrada em 2010, no final do seu primeiro mandato, quando o Chile sofreu um terremoto de 8,8 graus na escala Richter, seguido por um tsunami que matou mais de 500 pessoas.

*Atualizada às 14h49 do dia 04/04/2014

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