Guerrilheiros do Exército Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) exibem suas armas (Yaser Al-Khodor/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2014 às 22h39.
Washington - Um cidadão norte-americano que deixou os EUA neste ano para lutar ao lado de militantes do Estado Islâmico na Síria foi morto durante um confronto com combatentes oposicionistas na semana passada em Alepo, afirmou o governo do presidente Barack Obama e uma autoridade da oposição síria.
O incidente evidencia as preocupações expressadas nos últimos dias por autoridades do governo dos Estado Unidos sobre a ameaça que representam combatentes islâmicos dos EUA e de países do Ocidente, que têm passaportes e poderiam retornar às suas nações de origem e realizarem ataques terroristas.
"A peça com a qual estamos muito preocupados agora é a ameaça dos combatentes estrangeiros que têm passaportes ocidentais, e esta é uma peça que estamos seguindo de perto porque achamos que pode impor uma ameaça contra nós", disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, nesta terça-feira.
Douglas McCain, de 33 anos, viajou pelos mares neste ano antes de chegar à Síria, disse Michael Roland, um primo. A autoridade da oposição oficial síria contou que McCain estava lutando ao lado do grupo extremista Estado Islâmico no norte de Alepo quando foi morto.
Um passaporte norte-americano encontrado em seu corpo tinha data de expedição de novembro de 2013, de acordo com uma fotografia enviada pela autoridade ao Wall Street Journal.
McCain morreu vestindo maquiagem militar e um colete à prova de balas, com bolsos para munição. Seu corpo tinha furos de balas na cabeça, na mandíbula e na perna.
Segundo Roland, McCain havia se convertido ao Islã há alguns anos e tinha uma conta ativa no Facebook com o nome de "Duale ThaslaveofAllah".
Na página, ele dizia que trabalhava para "Dawah - Chamado de Alá", uma página que convida as pessoas para se unirem ao Islã.
Ele regularmente publicava mensagens no Twitter sobre os Islã, sob o codinome de @IamtheTooth.
"Eu me converti ao Islã há 10 anos e eu devo dizer In-sha-Allah eu nunca me arrependi é a melhor coisa que já aconteceu comigo", ele postou em junho. Fonte: Dow Jones Newswires.