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Nome de Mario Monti como novo premiê ganha força na Itália

A ideia de um governo formado por tecnocratas ganha cada vez mais força devido à frágil situação econômica no país e parece convencer quase todas as forças políticas

Até Berlusconi, que sempre afirmou preferir que após sua renúncia fossem realizadas eleições, parece ter cedido após definir a escolha de Monti como 'inevitável' (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Até Berlusconi, que sempre afirmou preferir que após sua renúncia fossem realizadas eleições, parece ter cedido após definir a escolha de Monti como 'inevitável' (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2011 às 08h20.

Roma - A hipótese de Mario Monti como presidente de um governo formado por tecnocratas ganha cada vez mais força devido à frágil situação econômica na Itália e parece convencer quase todas as forças políticas, segundo destacam nesta quinta-feira os veículos de comunicação locais.

Os mercados não reagiram bem ao anúncio do atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, de que apresentará sua demissão após aprovar o Orçamento Geral do Estado para 2012, que inclui as reformas requeridas pela União Europeia (UE), visto que a notícia gerou incerteza sobre o que ocorrerá após a saída do líder.

Por essa razão, começou a ser trabalhada a hipótese de um governo técnico com uma personalidade à frente que coloque em acordo todas as forças políticas para tirar a Itália do precipício no qual se encontra.

A decisão do Chefe de Estado, Giorgio Napolitano, de nomear nesta quarta-feira Mario Monti, de 68 anos, senador vitalício foi o sinal de que o ex-comissário de Concorrência europeu desponta como o próximo presidente de um governo de transição, pois, agora, além de ser um tecnocrata é também um parlamentar.

Até Berlusconi, que sempre afirmou preferir que após sua renúncia fossem realizadas eleições, parece ter cedido após definir a escolha de Monti como 'inevitável', segundo informam nesta quinta-feira os meios de comunicação italianos.


Além disso, o premiê recusa a possibilidade de um governo de transição liderado por seu sucessor, o secretário do partido Povo da Liberdade (PDL), Angelino Alfano, já que prefere 'poupá-lo' para apresentá-lo como candidato a presidente nas próximas eleições.

O PDL também aprova a escolha de Monti como a 'melhor solução', pois assim será possível 'pedir sacrifícios que ao governo de Berlusconi não se podia pedir', explicou o parlamentar da legenda Osvaldo Napoli.

'Mario Monti pode ser a personalidade justa, será quem decidirá o que fazer', disse o presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, que garantiu o apoio de seu partido, Futuro e Liberdade (FLI).

A ideia de um governo liderado por Monti também parece ter convencido a oposição, sobretudo porque não parece estar preparada para enfrentar eleições antecipadas.

O único partido que já anunciou que não apoiará um governo presidido pelo ex-comissário europeu e reitor da mais importante universidade de economia do país, a Bocconi, é o Itália dos Valores (IDV), que segue pressionando por eleições.

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