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No meio de tensão diplomática, Itália e França confirmam encontro

Conte e Macron conversaram ontem à noite sobre o caso Aquarius e querem "prestar socorro no quadro das regras de proteção humanitária das pessoas em perigo"

Cinismo: presidente francês tinha falado do "cinismo" italiano por não deixar desembarcar em seus portos o Aquarius, com 630 pessoas, e que agora se dirige para o porto de Valência, na Espanha (Reuters/Reuters)

Cinismo: presidente francês tinha falado do "cinismo" italiano por não deixar desembarcar em seus portos o Aquarius, com 630 pessoas, e que agora se dirige para o porto de Valência, na Espanha (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de junho de 2018 às 07h47.

Última atualização em 14 de junho de 2018 às 07h54.

Roma - O presidente do Governo da Itália, Giuseppe Conte, se reunirá na sexta-feira, em Paris, com o presidente da França, Emmanuel Macron, no meio de tensões diplomáticas pelas duras declarações das autoridades francesas por conta da decisão italiana de não deixar desembarcar o navio Aquarius com 630 imigrantes.

Em comunicado, foi confirmado que os dois líderes almoçarão e em seguida darão uma entrevista coletiva, depois que a viagem a Paris foi colocada em dúvida.

Conte e Macron conversaram por telefone ontem à noite sobre o caso Aquarius e confirmaram o compromisso dos dois países para "prestar socorro no quadro das regras de proteção humanitária das pessoas em perigo", diz a nota do governo italiano.

"Itália e a França têm que aprofundar sua cooperação bilateral e europeia para uma política migratória eficaz com os países de origem e de passagem através de uma melhor gestão europeia das fronteiras e um mecanismo de solidariedade para cuidar dos refugiados", conclui a nota.

E que, em vista da cúpula europeia no final deste mês, "compartilharam que são necessárias novas iniciativas que discutir juntos", acrescenta o comunicado.

Na nota explica que Macron afirmou que "não quis nunca pronunciar nenhuma expressão que pudesse ofender a Itália ou seu povo".

O presidente francês tinha falado do "cinismo" italiano por não deixar desembarcar em seus portos o Aquarius, com 630 pessoas a bordo resgatado no Mediterrâneo e que agora se dirige para o porto de Valência, na Espanha.

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