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Nicolas Sarkozy tem patrimônio de 2,7 milhões de euros

A declaração do presidente francês foi apresentada ao Conselho constitucional e publicada no Diário Oficial

Sarkozy não possui nenhum bem imobiliário nem investimento em bolsa (Michel Spingler/AFP)

Sarkozy não possui nenhum bem imobiliário nem investimento em bolsa (Michel Spingler/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2012 às 14h49.

Paris - O chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição em abril, possui um patrimônio de cerca de 2,7 milhões de euros, segundo sua declaração apresentada ao Conselho constitucional e publicada no sábado no Diário Oficial.

Qualificado pela oposição como "presidente dos ricos" pelos benefícios fiscais dados às grandes fortunas, Sarkozy assinou dois contratos de seguro de vida, um em um total de 2,3 milhões de euros e os outro de 277.000 euros. Sua conta-corrente registrava em 17 de fevereiro passado cerca de 56.000 euros.

Nesta declaração aparece também que Sarkozy possui várias coleções (autógrafos, relógios, estatuetas) estimadas em um total de 100.000 euros. A declaração evoca também 34% do capital do escritório de advogados SELAS CSC.

Entre os "passivos", aparece que o chefe de Estado francês paga pensão alimentícia de 3.000 euros mensais a Louis Sarkozy, filho nascido de seu casamento com Cecilia Attias, e 2.926 euros mensais de prestação compensatória a Marie-Dominique Culioli, sua primeira esposa.

Sarkozy não possui nenhum bem imobiliário nem investimento em bolsa, segundo esta declaração, que a lei obriga tornar pública.

Sua frequência nos meios mais ricos - particularmente no início de seu mandato, quando festejou sua vitória no exclusivo restaurante Fouquet's na Champs Elysées, antes de passar férias no iate de um rico homem de negócios - lhe valeu rapidamente o apelido de "presidente bling-bling", algo como "presidente novo-rico".

A instauração em 2007 de um teto fiscal em benefício das rendas mais altas foi muito criticada pela esquerda.

A medida, convertida em um obstáculo político para a maioria conservadora ao se aproximar a eleição presidencial, foi suprimida em junho de 2011, apesar de ao mesmo tempo o imposto às grandes fortunas (ISF) ter sido reduzido, gesto que a esquerda denunciou então como um "novo presente" aos ricos.

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