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Nicolás Maduro e braço direito viajam à Rússia e Coreia do Norte

Sob pressão internacional liderada pelos Estados Unidos, Maduro busca apoio de aliados após conquistar um 2º mandato que é ignorado por cerca de 60 países

Nicolás Maduro: "Dentro de algumas horas estou partindo para a Federação da Rússia, para uma visita oficial onde encontrarei nosso amigo e companheiro presidente Vladimir Putin" (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: "Dentro de algumas horas estou partindo para a Federação da Rússia, para uma visita oficial onde encontrarei nosso amigo e companheiro presidente Vladimir Putin" (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 06h47.

Última atualização em 24 de setembro de 2019 às 06h50.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o número dois do governo, Diosdado Cabello, visitam Rússia e Coreia do Norte, respectivamente, em meio à crise política e econômica que atinge os venezuelanos.

"Dentro de algumas horas estou partindo para a Federação da Rússia, para uma visita oficial onde encontrarei nosso amigo e companheiro presidente Vladimir Putin", disse Maduro nesta segunda-feira na TV estatal.

Simultaneamente, Cabello realiza uma visita à Coreia do Norte à frente de uma "delegação de alto nível".

Cabello, presidente 'chavista' da Assembleia Constituinte com plenos poderes no país, buscará "afiançar os laços de cooperação" com Pyongyang "em distintas áreas estratégicas para as duas nações".

Diante da pior crise política e econômica da história recente do país, Maduro destacou que se reunirá com "grupos empresariais importantes da Rússia".

O objetivo será "revisar toda a dinâmica da nossa relação bilateral (...) e buscar novos caminhos para dinamizar a cooperação em todos os planos", disse o presidente.

Sob forte pressão internacional liderada pelos Estados Unidos, Maduro busca apoio de seus aliados após conquistar um segundo mandato, em 2018, que é ignorado por cerca de 60 países.

Washington, que adotou sanções que incluem um embargo ao petróleo venezuelano, promove a saída de Maduro e apoia o autoproclamado presidente interino e líder opositor, Juan Guaidó, que tem o respaldo de um pequeno grupo de países, liderados por Rússia, China e Cuba.

A Rússia é o segundo maior credor da Venezuela, atrás apenas da China, e Moscou tem importantes investimentos em recursos petroleiros na Venezuela.

Caracas é um grande comprador de armamento russo.

"Ameaça"

Na noite desta segunda-feira (23), os ministros das Relações Exteriores dos Estados Partes do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) divulgaram nota conjunta com a aprovação de resolução que reconhece a “ameaça representada pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro à segurança e estabilidade do Hemisfério” em referência ao governo atual da Venezuela.

Segundo a resolução, os países vão investigar e levar à justiça pessoas do governo de Maduro vinculadas à guerrilha ligada ao tráfico de drogas ou terrorismo ou quem for responsável por violações de direitos humanos, corrupção e lavagem de dinheiro. “O objetivo é evitar que a Venezuela continue sendo território livre para atividades ilícitas e criminosas, que constituem graves ameaças à segurança regional, além de castigo sistemático ao povo venezuelano”, diz a nota.

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