Mundo

Netanyahu pede avanços no processo de paz com palestinos

Premiê pediu para que os palestinos aceitem Jerusalém como capital israelense, com o argumento de que essa será a melhor forma para chegar à paz na região

Benjamin Netanyahu: "Jerusalém é a capital de Israel. Ninguém pode negar. Isso não é obstáculo para a paz. Isso torna a paz possível" (Gali Tibbon/Divulgação/Reuters)

Benjamin Netanyahu: "Jerusalém é a capital de Israel. Ninguém pode negar. Isso não é obstáculo para a paz. Isso torna a paz possível" (Gali Tibbon/Divulgação/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 09h13.

Bruxelas - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta segunda-feira que os palestinos aceitem Jerusalém como capital israelense, com o argumento de que essa será a melhor forma de avançar seriamente nas negociações para garantir a paz na região.

Em sua primeira visita oficial a Bruxelas, Netanyahu disse que a decisão na semana passada do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel "pôs os fatos de forma clara na mesa".

"A paz é baseada no reconhecimento da realidade", disse o premiê. "Jerusalém é a capital de Israel. Ninguém pode negar. Isso não é obstáculo para a paz. Isso torna a paz possível," acrescentou.

Segundo Netanyahu, seu governo aguarda propostas de Washington e está disposto a "dar uma chance à paz".

Ontem, ocorreram protestos no Oriente Médio e Ásia em reação à decisão da Casa Branca de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, mas previsões de que a região seria tomada por revoltas generalizadas não se concretizaram à medida que as manifestações perderam força.

O status de Jerusalém é um assunto controverso porque os palestinos desejam ter Jerusalém Oriental como capital de um eventual futuro estado. O governo Trump alega que sua decisão não exclui o possível estabelecimento de Jerusalém Oriental como capital de um estado palestino caso israelenses e palestinos cheguem a um acordo dessa natureza durante conversas de paz.

A maioria dos governos europeus criticou o gesto de Trump em relação a Jerusalém, com o alerta de que poderá dificultar bastante uma iniciativa de paz patrocinada pelos EUA.

Ao lado de Netanyahu, a chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, afirmou hoje que o bloco continuará considerando o status de Jerusalém como uma questão a ser tratada num eventual acordo de paz que leve à criação de um estado palestino.

Mogherini também condenou ataques sofridos nos últimos dias por cidadãos israelenses e judeus que vivem em outras partes, mas disse que é de interesse de Israel se comprometer com negociações de paz viáveis com os palestinos. "A pior coisa que pode acontecer agora é uma escalada das tensões e violência", ressaltou ela.

Acompanhe tudo sobre:Autoridade PalestinaConflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos