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Netanyahu diz que fronteiras de 1967 'não são defensáveis'

Primeiro-ministro de Israel pediu que Barack Obama apóie uma proposta de paz que não inclua a retirada dos acampamentos judeus da Palestina

Netanyahu não gostou do discurso de Obama (Johannes Eisele/afp)

Netanyahu não gostou do discurso de Obama (Johannes Eisele/afp)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 17h11.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira que as fronteiras de 1967 "não são defensáveis" e pediu ao presidente americano, Barack Obama - que as propôs como base para a paz - que apoie um compromisso de não exigir a retirada do povo judeu desses territórios.

"Netanyahu espera ouvir de Obama um respaldo aos compromissos americanos a Israel feitos em 2004, que receberam o apoio do Parlamento americano. Esses compromissos indicam que Israel não seria obrigado a se retirar das fronteiras de 1967 e que os grandes centros populacionais de Judeia e Samaria (Cisjordânia) ficarão de fora dessas fronteiras", assinalou em comunicado.

Tais compromissos "também asseguram o bem-estar de Israel como Estado judeu ao deixar claro que os refugiados palestinos se estabelecerão no futuro Estado palestino, em vez de Israel", ressaltou.

"Sem uma solução ao problema dos refugiados palestinos fora das fronteiras de Israel, nenhuma concessão territorial trará a paz", acrescentou.

O chefe de Governo, que parte nesta mesma noite para os Estados Unidos, ressaltou seu "apreço pelo compromisso com a paz" de Obama e matizou que esta só será "duradoura" se "a viabilidade do Estado palestino não chegar às custas da viabilidade do único Estado judeu".

Além disso, reiterou sua exigência que, uma vez assinada a paz, o Exército israelense mantenha uma presença dentro do futuro Estado palestino ao longo do Rio Jordão, para impedir a entrada de atacantes de Jordânia.

Nesta quinta-feira, Obama falou de uma "retirada completa" das tropas israelenses de solo palestino, com acordos que garantam a segurança de Israel.

Netanyahu reiterou também a reivindicação que os palestinos "reconheçam Israel como Estado-nação do povo judeu".

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