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Netanyahu agradece a Trump e Biden por ajuda para alcançar cessar-fogo em Gaza

Acordo foi anunciado na última quarta-feira e além do auxílio americano, contou com a mediação de Catar, Egito

Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu gives statements to the media inside The Kirya, which houses the Israeli Defence Ministry, after their meeting in Tel Aviv on October 12, 2023. Blinken arrived in a show of solidarity after Hamas's surprise weekend onslaught in Israel, an AFP correspondent travelling with him reported. He is expected to visit Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu as Washington closes ranks with its ally that has launched a withering air campaign against Hamas militants in the Gaza Strip. (Photo by Jacquelyn Martin / POOL / AFP) (Photo by JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images) (JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP /Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 06h58.

Última atualização em 16 de janeiro de 2025 às 07h09.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu nesta quarta-feira, 15, ao atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está em fim de mandato, e ao próximo ocupante da Casa Branca, Donald Trump, pela ajuda para que fosse alcançado um cessar-fogo com o grupo islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.

O gabinete do premiê israelense disse em um comunicado que ele reconheceu, ao falar com os dois separadamente, a contribuição de ambos para o avanço do pacto entre seu país e o grupo islâmico palestino Hamas.

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Em particular, ele agradeceu a Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, “ por sua ajuda em promover a libertação dos reféns e em ajudar Israel a acabar com o sofrimento de dezenas de reféns e suas famílias”.

“O primeiro-ministro deixou claro que está comprometido com a devolução de todos os reféns por qualquer meio e parabenizou o presidente eleito americano por suas palavras de que os EUA trabalharão com Israel para garantir que Gaza nunca seja um refúgio para o terrorismo”, disse o gabinete de Netanyahu.

Ele e Trump concordaram em se encontrar “em breve” em Washington para discutir essa e outras questões “importantes”.

A nota dedicou mais espaço à conversa com o próximo presidente americano do que à com Biden, sobre quem disse apenas que “também o agradeceu pela ajuda no avanço do acordo sobre os reféns”.

A Casa Branca disse que Biden conversou com Netanyahu para parabenizá-lo pelo acordo, no qual os EUA atuaram como mediadores.

“Os dois líderes discutiram as condições inimagináveis pelas quais os reféns - incluindo os americanos - passaram durante seus 15 meses de cativeiro e o terrível sofrimento que suas famílias enfrentaram, e expressaram alegria pelo fato de que os reféns logo se reunirão com suas famílias”, disse a nota presidencial dos EUA.

O cessar-fogo anunciado entrará em vigor no próximo domingo e permitirá a libertação dos reféns israelenses - vivos e mortos - e o acesso humanitário ao enclave palestino, onde mais de 46.700 pessoas foram mortas na guerra desde 7 de outubro de 2023.

Reações internas em Israel

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, classificou o acordo de cessar-fogo como “ruim e perigoso” para a segurança nacional do Estado israelense.

“O acordo é ruim e perigoso para a segurança nacional do Estado de Israel. Junto com a grande alegria e entusiasmo pelo retorno de cada um dos sequestrados, a transação sacrifica muitas conquistas da guerra em que os heróis desta nação sacrificaram suas vidas e nos custará muito sangue”, disse.

Embora Smotrich, um colono e líder do Partido Religioso Sionista, e o ministro da Segurança Nacional, o também colono e ultradireitista Itamar Ben Gvir, tenham ameaçado não apoiar o acordo - e até mesmo deixar o governo -, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem apoio majoritário garantido na votação de quinta-feira.

“Nós nos opomos fortemente. Não ficaremos em silêncio. A voz do sangue de nossos irmãos clama por nós. Uma condição clara para nossa permanência no governo é a certeza absoluta de um retorno à guerra com grande força, em seu escopo total e em uma nova configuração até a vitória completa”, declarou Smotrich.

A ultradireita israelense é contra qualquer negociação com o Hamas, que ela vê como uma concessão, mesmo ao custo de reféns, e até mesmo pretende reassentar a Faixa.

“Nos últimos dois dias, o primeiro-ministro e eu tivemos discussões acaloradas sobre o assunto. Ele sabe quais são as exigências detalhadas do Partido Religioso Sionista, e a bola está em suas mãos”, ameaçou.

Da parte da oposição israelense, as mensagens foram mais otimistas, e seu líder, o centrista Yair Lapid, pediu que o acordo não fique na primeira fase de implementação - inicialmente um período de seis semanas - e avance para a libertação de todos os reféns em poder do Hamas.

O líder opositor Benny Gantz, de centro-direita e ex-ministro da Defesa, disse que garantir a libertação dos reféns era “um imperativo moral e estratégico”, enquanto o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant - destituído por Netanyahu em novembro por insistir na necessidade de um acordo - elogiou o retorno inicial antecipado de 33 reféns.

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