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Negociação nuclear sobre o Irã são retomadas nesta 4ª feira

Em paralelo serão realizadas negociações em nível técnico nas quais participarão os especialistas do Grupo 5+1


	Em paralelo serão realizadas negociações em nível técnico nas quais participarão os especialistas do Grupo 5+1
 (Brendan Smialowski/AFP)

Em paralelo serão realizadas negociações em nível técnico nas quais participarão os especialistas do Grupo 5+1 (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 09h25.

Bruxelas - As negociações nucleares entre Irã e as potências do Grupo 5+1 (EUA, França, China, Reino Unido, Rússia e Alemanha) serão retomadas nesta quarta-feira em Viena, confirmou o Serviço de Ação Exterior da União Europeia (UE).

"No contexto dos esforços diplomáticos em curso do Grupo 5+1 para buscar uma solução global à questão nuclear iraniano, as conversas entre a diretora política da UE, Helga Schmid, e seus colegas iranianos, os vice-ministros de Relações Exteriores, Seyed Abbas Araqchi e Majid Tajt Ravanchi, continuarão entre os dias 20 e 22 de maio em Viena", indicou em comunicado.

Em paralelo serão realizadas negociações em nível técnico nas quais participarão os especialistas do Grupo 5+1 a fim de "avançar o trabalho sobre os anexos técnicos".

As partes colocaram como prazo até 30 de junho para fechar os detalhes legais e técnicos de um acordo, cujos princípios foram pactados em 2 de abril em Lausanne (Suíça).

No último dia 15, após quatro intensos dias de reuniões em Viena entre Irã e seis grandes potências, as partes acordaram um recesso de vários dias para voltar a se encontrar a partir desta quarta-feira na capital austríaca.

O objetivo do acordo é assegurar que o Irã não possa ter acesso ao material para fabricar armamento nuclear em um prazo inferior a 12 meses, para o qual foram acordadas diversas limitações a seu programa nuclear.

Estas afetam por exemplo o número de centrífugas para enriquecer urânio, que passarão de quase 20 mil para seis mil unidades.

Além disso, um reator iraniano terá seu design mudado para não produzir plutônio, outro material, à parte do urânio enriquecido, que serve para a fabricação de bombas nucleares.

Em troca destas e outras limitações, que teriam diferentes durações, de entre 10 e 25 anos, o Irã exige o levantamento imediato e total das sanções internacionais contra si.

Esse é um dos empecilhos da negociação, já que as potências ocidentais, ou seja, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, propõem um levantamento gradual, mas não imediato.

A Rússia e a China, as outras duas potências que formam o chamado Grupo 5+1, estão mais abertos a eliminar rapidamente as sanções.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) será responsável por verificar o cumprimento de um eventual acordo, o que deverá incluir visitas frequentes e sem aviso prévio de seus inspetores às instalações iranianas.

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