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Não sejam enganados pela extrema-direita, diz Angela Merkel

"Existe liberdade de reunião na Alemanha, mas não há espaço para mentiras e incitação contra pessoas que vêm a nós de outros países", afirmou Merkel


	Merkel: "Todos (que participam) precisam tomar cuidado para não serem usados pelos organizadores do evento"
 (Clemens Bilan/AFP)

Merkel: "Todos (que participam) precisam tomar cuidado para não serem usados pelos organizadores do evento" (Clemens Bilan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 14h19.

Berlim - Em meio a relatos de um crescente número de pessoas aderindo a demonstrações anti-islã na Alemanha, a chanceler Angela Merkel alertou aos cidadãos esta segunda-feira para que não sejam enganados pela extrema-direita e sua retórica.

"Existe liberdade de reunião na Alemanha, mas não há espaço para mentiras e incitação contra pessoas que vêm a nós de outros países", afirmou Merkel.

"Todos (que participam) precisam tomar cuidado para não serem usados pelos organizadores do evento", disse.

Um grupo que se autodenomina Europeus Patrióticos Contra a Islamização do Ocidente (Pegida, na sigla em inglês), tem organizado manifestações semanais em Dresden, no leste da Alemanha.

Os protestos estão crescendo em tamanho e chegaram a juntar dez mil pessoas na semana passada.

O protesto marcado para esta semana deve ser ainda maior.

Embora os organizadores afirmem que lutam apenas contra o extremismo, e não contra os imigrantes muçulmanos na Europa, as reuniões têm recebido apoio de grupos neonazistas e de extrema-direita, aumentando a preocupação sobre o crescimento do sentimento xenófobo no país.

Partidos da oposição acusaram Merkel e de sua coalizão conservadora de ter uma resposta muito tímida aos manifestantes que participam dessas demonstrações, sugerindo que ela tem medo de perder votos desses segmentos.

A imigração se tornou um assunto importante no país, em parte devido ao grande número de refugiados pedindo asilo na Alemanha.

Mais de 150 mil pessoas, a maioria sírios, pediram asilo ao país em 2014, comparado aos 40 mil de 2013.

Fonte: Associated Press.

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