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Nadador britânico encara tubarão e tempestade no mar até o Brasil

Ben Hooper quer se tornar a primeira pessoa a atravessar o Oceano Atlântico

Ben Hooper: Ele está treinando para o desafio desde 2013 (Emma Farge/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2016 às 11h27.

Dacar - Um britânico de 38 anos partiu neste domingo (13) para uma jornada de 3 mil quilômetros nadando do Senegal até o Brasil, buscando se tornar a primeira pessoa a atravessar o Oceano Atlântico .

Ben Hooper, um ex-policial militar que está treinando para o desafio desde 2013, espera levar entre quatro e cinco meses para nadar até Natal, no Brasil.

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Usando shorts de natação, ele entrou na água na praia de Monaco, em Dacar, e disse "Vejo vocês no Brasil" antes de começar a nadar na direção da ilha de Goree.

Um grupo de espectadores senegaleses fez uma oração por ele.

Hooper, que tem 1,80 metro de altura, pode ter que nadar por mares fortes, bem como áreas de procriação de tubarões perto do Brasil.

Hooper tem paixão pela natação desde quase afogar-se aos 5 anos de idade, e disse que concebeu o desafio do Atlântico enquanto lutava contra a depressão, em tempos recentes.

Em zonas particularmente arriscadas ele usará um traje de mergulho camuflado e usará latas de cartilagem de tubarão podre que supostamente agem como um repelente natural.

Ele pretende nadar até 12 horas por dia em duas sessões e, em seguida, descansar a bordo de um dos dois barcos de apoio velejando ao lado dele. As embarcações carregam água, pacotes de ração e garrafas de vinagre para picadas de água-viva.

Para afastar a inevitável fadiga e as quedas na disposição, Hooper disse que vai pensar em sua filha, mas também ter em mente exploradores como Ranulph Fiennes, que atravessou a Antártida sem suporte a pé e que está apoiando a missão.

"Eu vou precisar me inspirar nas suas histórias deles, já que este desafio vai me levar ao limite", disse Hooper.

A jornada a nado, que visa levantar um milhão de libras para caridade, foi adiada várias vezes. Nos últimos dias, três tripulantes, incluindo um capitão e um médico, desistiram horas antes do início previsto. Eles foram substituídos desde então.

Além de mar agitado, outro desafio será atravessar a área de baixa pressão perto do Equador conhecida como o Doldrums, onde os barcos a vela podem ficar parados por semanas.

O francês Benoit Lecomte afirma ter cruzado o Atlântico a nado em 1998, mas não foi reconhecido pelo livro Guinness dos recordes.

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