Agência de notícias
Publicado em 29 de julho de 2024 às 06h44.
A presidente do partido de oposição Encuentro Ciudadano, Delsa Solórzano, denunciou que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela a impediu de entrar nos escritórios da organização. Segundo ela, isso dificulta a resolução dos incidentes que a oposição coletou.
Na Venezuela, Maduro e oposição declaram vitória; comunidade internacional aguarda"Como não estamos fisicamente presentes, dependemos de que nos leiam no WhatsApp ou atendam a uma ligação. Não estar lá em tempo real nos obriga a buscar intermediários, como o observador internacional ou a comunicação por WhatsApp com os diretores", disse ela em declarações à mídia.
Testemunha perante a Junta Nacional Eleitoral da Plataforma Unitária, bloco da oposição organizada, que concorre com o diplomata Edmundo González Urrutia, a dirigente destacou que algumas testemunhas da oposição não conseguiram acessar seus locais de votação pela manhã e que alguns locais de votação não abriram no horário previsto. No entanto, enfatizou que os incidentes foram resolvidos ao longo do dia.
"O único padrão que vejo são as pessoas votando", afirmou. "Como o comparecimento às urnas foi extraordinário em toda a Venezuela, estamos muito orgulhosos desse dia".
Menos de uma hora após o fechamento das seções eleitorais, Solórzano lembrou que cada testemunha eleitoral tem o direito de acessar os resultados de cada máquina de votação antes de serem enviados ao CNE.
"Lembrem-se de que a ata é um direito. No final do dia, ela deve ser impressa e entregue a todas as testemunhas", enfatizou.
A eleição na Venezuela decide pela continuidade do chavismo, que está no poder há 25 anos, ou por uma mudança histórica prometida pela oposição unida. Ocorre sob escrutínio internacional, uma vez que parte dos observadores externos foi impedida de acompanhar o pleito e há denúncias crescentes sobre perseguição de opositores do presidente Nicolás Maduro durante a campanha eleitoral.
Apesar disso, o candidato da oposição organizada, o diplomata Edmundo González Urrutia,
disse que confia que as Forças Armadas da Venezuela “respeitarão a vontade do povo”.
Os eleitores começaram a fazer fila muito antes das 6h da manhã (7h em Brasília), quando as urnas foram formalmente abertas. Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, mas os analistas calculam que devem comparecer às urnas entre 13 milhões e 16 milhões que estão na Venezuela e não migraram. O voto não é obrigatório.
As urnas fecham às 18h (19h em Brasília), mas não se sabe quando os resultados serão anunciados pelas autoridades eleitorais nacionais, que não costumam divulgar parciais nem tendências. (Com agências internacionais)