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Na Páscoa, Papa Francisco exige paz na Síria e no Oriente Médio

Em sua mensagem de Páscoa, papa mostrou desejo de "que os representantes das nações tenham a coragem de evitar a propagação de conflitos"

 (Tony Gentile/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2017 às 11h10.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 10h23.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco aproveitou a ocasião de sua mensagem de Páscoa para repassar os dramas que atingem o mundo como as guerras, a imigração e o desemprego, além de mandar um recado para a América Latina.

Perante uma Praça de São Pedro rodeada de fortes medidas de segurança e uma mensagem acompanhada por 160 emissoras de todo o planeta, Francisco também mostrou seu desejo "que os representantes das Nações tenham a coragem de evitar a propagação de conflitos e de acabar com o tráfico das armas".

Nesta mensagem que precede a bênção "Urbi et Orbi" e que outorga a indulgência (perdão dos pecados) para todos os fiéis que a recebam pelos diferentes meios de comunicação, Francisco falou da esperança que traz para os católicos a ressurreição de Jesus.

E então desejou que "nos momentos mais complexos e dramáticos dos povos, o Senhor Ressuscitado guie os passos de quem procura a justiça e a paz; e doe aos representantes das Nações a coragem para evitar a propagação de conflitos e para acabar com o tráfico das armas".

Francisco pediu então "que nestes tempos, o Senhor sustente de modo particular os esforços dos que trabalham ativamente para levar alívio e consolo à população civil de Síria, vítima de uma guerra que não para de semear horror e morte".

E citou o "ignóbil ataque" de ontem em Alepo contra "os deslocados que fugiam, provocando numerosas mortos e deixando diversos feridos".

Mas também para que seja concedida a paz "a todo o Oriente Médio, especialmente à Terra Santa, como também ao Iraque e ao Iêmen" e lembrou do "Sudão do Sul, Somália e República Democrática do Congo, que sofrem com conflitos sem fim, agravados pela terrível carestia que está castigando algumas regiões da África".

O papa também desejou "que Jesus Ressuscitado sustente os esforços de quem, especialmente na América Latina, se compromete a favor do bem comum das sociedades, tantas vezes marcadas por tensões políticas e sociais, que em alguns casos são sufocadas com a violência".

Francisco não se esqueceu, como faz sempre em suas mensagens nas quais repassa a violência no mundo, da "Ucrânia, ainda vítima de um sangrento conflito" e pediu "que o país volte a encontrar a concórdia e acompanhe as iniciativas promovidas para aliviar os dramas dos quem sofrem com as consequências".

Francisco mencionou também a Europa e pediu esperança para "os que atravessam momentos de dificuldade, especialmente por causa da grande falta de trabalho sobretudo para os jovens".

Também assegurou que Jesus ressuscitado ajudou os quem sofrem com a exploração, os que sofrem com a violência entre os muros de casa e "se faz companheiro de caminho dos que são obrigados a deixar a própria terra".

O pontífice argentino explicou que "o Pastor Ressuscitado vai buscar quem está perdido nos labirintos da solidão e da marginalização".

Francisco também mencionou a violência machista e os abusos ao falar dos quem "têm o coração ferido pelas violências dentro dos muros de sua própria casa".

Com a missa de Páscoa e a bênção "Urbi et Orbi" (À cidade e ao mundo) foram encerrados os rituais da Semana Santa.

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