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Na Bolívia, não mandam os "Chicago boys", diz Evo Morales

"Me perdoem a expressão, mas não mandam os gringos, mandam os índios", prosseguiu o presidente, que começa agora o seu terceiro mandato

Evo Morales: "Agora não mandam na Bolívia os 'Chicago boys', e sim os 'Chuquiago boys'" (ABI/Bolivian Presidency/Handout/Reuters)

Evo Morales: "Agora não mandam na Bolívia os 'Chicago boys', e sim os 'Chuquiago boys'" (ABI/Bolivian Presidency/Handout/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 16h34.

La Paz - Em discurso de posse na Assembleia Legislativa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quinta-feira, 22, que no seu país não mandam os "Chicago boys" nem os "gringos" e sim os "índios".

A fala foi acompanhada pela presidente Dilma Rousseff, cujo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem doutorado em economia pela Universidade de Chicago.

"Agora não mandam na Bolívia os 'Chicago boys', e sim os 'Chuquiago boys'", afirmou Evo, interrompido por aplausos do público.

A expressão "Chuquiago boys" faz referência ao nome indígena da cidade de La Paz, Chuquiago Marka.

"Me perdoem a expressão, mas não mandam os gringos, mandam os índios", prosseguiu Morales, que começa agora o seu terceiro mandato.

Cobrador

O ministro da Fazenda do governo brasileiro, Joaquim Levy, é engenheiro Naval de formação com doutorado em economia pela Universidade de Chicago, conhecido por ter fama de "cobrador" e de dedicar horas da madrugada para trabalhar.

Em bate-papo com internautas no último dia 9, Levy respondeu à pergunta de um internauta sobre ser um "Chicago boy", adepto de uma linha de pensamento econômico da Universidade de Chicago (EUA), cuja máxima pode ser traduzida pela famosa frase "não existe almoço grátis".

O próprio ministro explicou seu significado para o momento enfrentado pelo país: "Tudo que o governo 'dá' é pago pelo contribuinte".

O presidente Evo Morales já havia feito a afirmação de que na Bolívia não mandam os "Chicago Boys" há um ano, em janeiro de 2014, antes de a presidente Dilma Rousseff fazer qualquer sinalização pública sobre quem assumiria a Fazenda em um eventual segundo mandato.

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